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#Polêmica: Bolsonaro faz ‘velha política’ do ‘toma lá, dá cá’ para tentar aprovar reforma da Previdência

Bolsonaro enfrentou uma crise política atrás da outra, que levou a derrotas do Planalto na Câmara | FOTO: Divulgação/Marcos Corrêa/PR |

Em menos de seis meses de mandato, Jair Bolsonaro (PSL) utiliza a chamada “velha política”, de oferecer cargos em troca de aprovação na Câmara e Senado, e começou a se reunir com dirigentes de 11 partidos, desde a última quinta-feira (4), para convidá-los a integrar a base de sustentação do governo no Congresso. Após desenhar uma aliança apenas com frentes parlamentares, Bolsonaro enfrentou uma crise política atrás da outra, que levou a derrotas do Planalto na Câmara.

Ele acabou sendo aconselhado a aceitar a distribuição de cargos, na volta da viagem a Israel, para aprovar a reforma da Previdência. No vácuo da articulação política, o Centrão se reorganizou e mostra força. O bloco de partidos que deu as cartas do poder quando o então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje preso, era presidente da Câmara é formado por siglas como DEM, PP, PR, PRB, PSD e Solidariedade. O grupo tem como aliado de primeira hora o MDB e, em alguns casos, até o PSDB.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quarta-feira (3), que se o convite do Planalto for aceito, a coalizão terá como contrapartida cargos no governo. Nos bastidores, porém, Bolsonaro já avisou que, mesmo cedendo, não existirá “porteira fechada” na Esplanada ou em qualquer repartição federal para nenhum partido. No jargão político, o termo significa que uma mesma sigla tem o direito de preencher todos os cargos de um ministério, estatal ou autarquia.

“A partir do momento em que os partidos concordem com o que o governo pretende fazer, é óbvio que eles vão ter algum tipo de participação, seja em cargos nos Estados, algum ministério ou algo do gênero”, argumentou Mourão. Criticado pela fragilidade da articulação, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tentou se aproximar de seus antigos colegas e almoçou na casa do deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que, em fevereiro, disputou e perdeu a eleição para a presidência da Câmara. “Para que nós tenhamos uma base constituída, precisamos dialogar, convidar e abrir a porta”, observou Onyx. Jornal da Chapada com informação do Portal Terra.

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