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#Bahia: Suspeito de matar mestre Moa do Katendê a facadas vai a júri popular por determinação da justiça

Moa do Katendê foi morto em outubro de 2018 durante discussão motivada por divergência política | FOTO: Divulgação |

A Justiça da Bahia determinou que o barbeiro suspeito de matar o mestre de capoeira Moa do Katendê a facadas, em Salvador, vai à júri popular. Conforme o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a data do julgamento ainda será agendada. De acordo com informações do TJ, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e os advogados de acusação e defesa terão o prazo de cinco dias para apresentarem as testemunhas e juntar documentos que serão apresentados em plenário.

O suspeito virou réu após a Justiça da Bahia aceitar a denúncia do MP, no dia 22 de outubro do ano passado. Pela morte de Moa, Paulo Sérgio Ferreira de Santana é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Já por ferir o primo da vítima, Germino do Amor Divino Pereira, de 51 anos, que tentou defender o capoeirista das agressões, o barbeiro é acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado.

Caso
O crime ocorreu na madrugada de 8 de outubro, horas após a votação do primeiro turno das eleições. As vítimas e o suspeito estavam em um bar, no Engenho Velho de Brotas. A investigação da Polícia Civil concluiu que Paulo e Moa brigaram por divergências políticas. Segundo a polícia, o capoeirista, de 63 anos, teria criticado o então candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), gerando o desentendimento com o suspeito.

Os dois discutiram em voz alta e “agrediram-se mutuamente de forma verbal”, conforme o MP. Em seguida, ainda segundo o órgão, Paulo Sérgio saiu do estabelecimento em direção à casa dele, onde pegou uma faca tipo peixeira e retornou ao bar para agredir Moa do Katendê. A vítima foi atingida por 13 facadas. Conforme o MP, a maior parte dos ferimentos foi no pescoço e no tórax do capoeirista.

Em depoimento, no entanto, Paulo Sérgio negou que o crime tenha sido motivado por política. A versão, contudo, é contestada pela polícia, que diz que testemunhas confirmam que a divergência política deu origem à discussão. Paulo Sérgio está preso desde o dia do crime. Ele foi autuado em flagrante, mas, no dia 9 de outubro, o homem passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada pela Justiça. O suspeito está Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana. As informações são do G1BA.

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