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Festival de Música Regional em Nova Redenção premia artistas e reforça valorização da arte na Chapada Diamantina

Festival de Música Regional em Nova Redenção distribuiu R$16 mil reais em prêmios para artistas | FOTO: Jornal da Chapada |

Um instrumento importante para reforçar e valorizar a arte e a cultura na região da Chapada Diamantina. Esse foi o maior propósito da edição 2019 do Festival de Música Regional que movimentou o município de Nova Redenção na última sexta (26) e no sábado (27). Os ganhadores dividiram prêmios de R$16 mil e conseguiram mostrar um pouco das suas produções com influência no cotidiano e da vida das pessoas do interior brasileiro. O segundo dia e último foi ainda mais difícil para os jurados, que tomaram decisões em conjunto para escolher os vencedores.

O vencedor foi o músico Paulo Gabirú, de Bom Jesus da Lapa, com a canção ‘Ponteio Agudo’. Ele recebeu R$7 mil e troféu. Ao Jornal da Chapada, Gabirú falou um pouco da sensação de vencer mais um festival. “É um emaranhado de sentimentos. A questão de um festival ser realizado em uma cidade pequena e que tem suas carências e seus problemas, é uma demonstração de tenacidade, persistência e talvez uma das maiores virtudes do ser humano que é a esperança. E que possamos um dia olhar para o céu e agradecer a Deus por uma Pátria redimida de seus pecados, que são muitos”, frisa.

O segundo lugar ficou com Leilane Coutinho, de Vitória da Conquista, com a música ‘Dose Certa’. Ele recebeu R$3 mil e troféu. Em terceiro lugar ficou Zé Beto Corrêa, de Belo Horizonte (MG), com a canção ‘O que era da gente’. Foi premiado em R$2 mil mais troféu. O quarto lugar foi de Diorgem Júnior, de Governador Valadares (MG), com ‘Saudade Matadeira’, ele também foi o melhor intérprete e levou R$2 mil. Cícero Gonçalves, de São Paulo, ficou em quinto lugar, e recebeu medalha. Gonçalves interpretou a ‘Francisco’.

A artista revelação foi do município chapadeiro de Nova Redenção. Fabrízia Macêdo, com a canção ‘Viola Velha’, recebeu troféu e o carinho do público. “Já participei de outros festivais, e aí fiquei um tempo fora e voltei para participar desse e foi incrível mesmo. Não esperava ganhar este prêmio. A música foi de última hora, a decisão de participar foi de última hora. Eu vim aqui na despretensão, só mesmo para participar. Vou dedicar meu prêmio a meu pai, que me incentivou muito e é cantor e compositor também e para a minha mãe, que me apoia muito”, diz a artista ao Jornal da Chapada.

Imagens do primeiro dia do Festival de Música Regional

Primeiro dia de festival
No primeiro dia de evento, na sexta-feira (26), a abertura foi marcada pelas presenças de autoridades do município. A prefeita Guilma Soares (PT) falou da importância da valorização e incentivo à cultura popular e do seu compromisso em manter cada vez mais forte o festival, que tem alcance nacional. “Melhoramos cada vez mais. Tanto estrutura, como na logística e levando sempre músicas e artistas de qualidade. Esse ano trouxemos Pereira da Viola, Marcelo Fonseca e Dani Lasalvia. Todos cantadores de primeira”, salienta a gestora.

Ainda no início das atividades, a Secretaria Municipal de Educação (SME) apresentou o projeto ‘Edu Cordel’, resultado de um trabalho desenvolvido nas escolas municipais, por meio de oficinas com o cordelista pernambucano Maviael Melo. Os alunos do Educandário Rômulo Galvão apresentaram uma adaptação do conto de ‘Cante lá, que eu Canto Cá’, de Patativa do Assaré, com fragmentos da poesia ‘Ofício de Poeta’, de Nelson Facinelli. O corpo de jurados do festival foi composto no primeiro dia e manteve a base no segundo.

Entre eles estavam Tibério Pithon, pesquisador de cultura popular e ativista cultural, formado em processamento de dados; Gilton Della Cella, cantor e compositor; Maviael Melo, cantor, compositor e cordelista; João Espinheira, músico, compositor; Vinícius Soares, advogado, músico, ativista cultural; Juthay Piritiba, músico, instrumentista; Vitor Fernandes, jornalista e assessor de comunicação, e o presidente da mesa de jurados, Josiéliton Lima. Os 24 concorrentes se dividiram para as apresentações dos dois dias. O show do primeiro dia foi do violeiro e cantador Pereira da Viola.

Fotos do segundo dia de evento

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Segundo dia de festival
A segunda noite, no sábado (27), contou com a apresentação do grupo ‘Viva Samba’, a entrega de comenda por estudantes aos apoiadores da Casa de Estudantes de Salvador, projeto ‘Cultura na Escola’ e apresentação de Anita, a menina flautista de Vitória da Conquista. No dia 27, os shows ficaram por conta de Dani Lasalvia e o violonista Marcelo Fonseca. Ambos movimentaram o último dia de evento e colocaram o público para dançar. Os dois artistas apresentaram músicas autorais e esquentaram a noite fria da cidade chapadeira.

O idealizador e um dos organizadores do festival, o músico e ex-prefeito Ivan Soares disse que existe uma lacuna na sociedade que é preciso ser preenchida. Ele se refere à arte e cultura, que são preteridas e que atualmente são alvos de retrógradas decisões do governo federal. “Não só precisamos ter mais investimentos em arte, cultura, como também em esportes e educação em geral. E todas as decisões são tomadas de forma a diminuir os recursos para artistas”, salienta o ex-gestor.

Jornal da Chapada

Confira a premiação completa do 7º Festival de Música Regional da Chapada Diamantina:
1° lugar: Paulo Gabirú, de Bom Jesus da Lapa – BA, com a canção ‘Ponteio Agudo’, (R$7 mil + troféu).

2° lugar: Leilane Coutinho, de Vitória da Conquista – BA, com a música ‘Dose Certa’, (R$3 mil + troféu);

3° lugar: Zé Beto Corrêa, de Belo Horizonte – MG, com a música ‘O que era da gente’, (R$2 mil + troféu);

4° lugar : Diorgem Júnior, de Governador Valadares – MG, com a música Saudade Matadeira (medalha);

5° lugar: Cícero Gonçalves, de São Paulo, com a música Francisco, (medalha);

Melhor trabalho de Cultura Popular: Zemiguel Rodrigues, de Goiânia – GO, com a música Pedaço de Sonho (medalha);

Revelação: Fabrizia Macedo, de Nova Redenção, com a canção Viola Velha (troféu);

Melhor intérprete: Diorgem Júnior, de Governador Valadares – MG, com a música Saudade Matadeira, (R$2 mil + troféu);

Melhor letra: Reginaldo Bello, de Ibotirama, com a música Martelo da Perenidade (R$2 mil + troféu).

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