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#Polêmica: Bolsonaro demite general Santos Cruz; outro militar assume Secretaria de Governo

Militares que integram o governo teriam atuado para manter Santos Cruz no cargo | FOTO: Divulgação |

O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta quinta-feira (13) o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo da Presidência da República. O ministro foi comunicado de sua saída em uma reunião com o presidente, da qual também participaram os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno. A decisão foi atribuída a uma “falta de alinhamento político-ideológico” e embates com outros integrantes do próprio governo. André Luiz de Novaes Miranda, atual comandante da 2ª Divisão do Exército, assume o cargo.

Santos Cruz vinha sofrendo um processo de fritura há pelo menos dois meses. Segundo o auxiliar do presidente, Bolsonaro já tinha decidido exonerar o general no início de maio, quando mencionou que haveria “um tsunami”. Entretanto, o presidente esperou para criar um consenso entre a equipe que a permanência do ministro era insustentável. Militares que integram o governo, entretanto, teriam atuado para manter Santos Cruz no cargo.

Internamente, no entanto, Bolsonaro estaria emitindo sinais de “irritação” com a reação em grupo dos militares às críticas de Olavo de Carvalho, que comandou os disparos contra Santos Cruz e o vice-presidente Hamilton Mourão. De acordo com auxiliares do presidente, Bolsonaro teria aumentado seu descontentamento ao ver a imagem de uma conversa por Whatsapp, supostamente escrita por Santos Cruz, na qual o ministro o chamaria de “imbecil” e sinalizaria aprovar a “solução Mourão”. Na época, o ministro Heleno, em uma tentativa de apaziguar, incentivou que Santos Cruz acompanhasse o presidente em uma viagem a Dallas, nos Estados Unidos, em meados de maio.

Há um mês, após passar o dia sob ataques nas redes sociais — a hashtag #ForaSantosCruz se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter —, Santos Cruz se reuniu com Bolsonaro. Na conversa no Palácio da Alvorada, o ministro teria argumentado que não se tratava de um ato espontâneo, mas que era alvo de uma ação coordenada, com a participação dos filhos do presidente, o chefe da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten, e assessores ligados a Olavo de Carvalho. As informações são do site do jornal O Globo.

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