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#Bahia: Roda de conversa sobre ‘Dina do Araguaia’ movimenta distrito de Rafael Jambeiro

Há relatos de que Dina foi executada pelos militares, porém seus restos mortais e seus documentos nunca foram encontrados | FOTO: Divulgação |

O distrito de Argoim, localizado no município de Rafael Jambeiro, no centro-norte da Bahia, receberá neste sábado (29) o evento ‘Dina do Araguaia – vida e memória de uma argoiense’. Dinalva Conceição Oliveira Teixeira, a Dina, nasceu no distrito e ainda jovem se mudou para Salvador, onde concluiu os estudos e ingressou em geologia na Universidade Federal da Bahia (Ufba), ela iniciou sua militância integrando o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Diante do contexto da época, marcada pela ditadura militar, Dina foi para a região do Araguaia, onde compunha um grupo de guerrilheiros sob o comando de Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão. Ela se destacou por suas habilidades no confronto armado ao regime ditatorial, sendo a única mulher a ser vice-comandante de um destacamento da guerrilha. Além disso, Dina teve destaque por suas aptidões como parteira e professora nas comunidades da região.

Há relatos de que Dina foi executada pelos militares, porém seus restos mortais e seus documentos nunca foram encontrados. O evento é de iniciativa popular e tem como objetivo homenagear Dina pela sua trajetória de compromisso com as causas sociais. “Na ocasião, familiares, estudiosos e militantes da área dos desaparecidos políticos participarão desse momento”, disse Lucas dos Anjos, um dos organizadores do evento. Segundo ele, há pessoas indo de Salvador e do Rio de Janeiro, inclusive.

Homenagem
Em 1998, 25 anos depois de Dina ter desaparecido, a sua bravura e sua disposição para lutar contra a ditadura civil-militar foi reconhecida por seus conterrâneos. Seu nome passou a designar a principal avenida do distrito de Argoim, onde ela nasceu.

Na entrada do distrito, está escrito em uma imensa placa encravada numa estrutura de concreto “Av. Dinamonte, Homenagem da Amar (Associação dos Moradores do Argoim) à heroica Dinalva de Oliveira Teixeira”.

Dinamonte, segundo a escrevente e professora Maria de Brotas Sousa Silva, 63 anos, integrante da Amar desde a sua fundação, é a junção do nome da geóloga e guerrilheira baiana com um dos sobrenomes de seu marido (Monteiro). Jornal da Chapada com informações de assessoria.

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