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Ato na ABI reuniu multidão no Rio de Janeiro em defesa de Glenn, da imprensa e da democracia

Glenn Greenwald é casado com um deputado federal do PSOL-RJ, David Miranda, e tem dois filhos adotados | FOTO: Divulgação |

O ato em defesa do jornalista Glenn Greenwald e da liberdade de imprensa, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio, se transformou em um ato em defesa da democracia com uma multidão no auditório e na Rua Araújo Porto Alegre. Muito aplaudido, Glenn Greenwald chegou pouco depois do início do ato, quando o representante da OAB falava como primeiro orador. Políticos e artistas participaram do evento, iniciado pelo jornalista Cid Benjamin.

Chico Buarque foi um dos que integraram a mesa. Paulo Betti, Marcelo D2, Pedro Luiz, Fernanda Abreu, dentre outros, marcaram presença, ao lado da deputada Benedita da Silva, os deputados Marcelo Freixo, Jandira Feghali, Eliomar Coelho e outros parlamentares. Uma vez lotado o auditório por 500 pessoas, outras centenas tiveram que assistir por telão no saguão do 9° andar, além de outras centenas gritando palavras de protesto na calçada diante da sede, na Rua Araújo Porto Alegre. Os oradores tiveram três minutos cada um.

Uma vez lotado o auditório por 500 pessoas, outras centenas tiveram que assistir por telão no saguão | FOTO: Divulgação |

Um problema de som impediu por alguns minutos que os participantes do saguão ouvissem os breves discursos. “Viva o Glenn” entoou o jornalista Paulo Jerônimo, após discursar. Carol Proner, representando os Juristas pela Democracia, lembrou que agora existem Engenheiros pela Democracia e Jornalistas pela Democracia, dentre outras categorias. Chico Buarque, com seu jeito simples e comedido, disse que não tinha se organizado para falar diante da enxurrada de acontecimentos.

“Agora fica explícito pra quem quiser saber o quanto se armou para eleger esse governo”, observou Chico, acrescentando, com ironia, “por que tipo de diferença o então juiz Sérgio Moro fora eleito o homem do ano que faz a diferença”. Em seguida, a jornalista Beth Costa discursou defendendo a regulação da mídia. Cid Benjamin lembrou que o ato não era só em defesa do jornalismo, mas em defesa da democracia. Cid também manifestou solidariedade a Felipe Santa Cruz, presidente da OAB atacado por declaração de Bolsonaro sobre a morte de seu pai pela Ditadura. Uma caravana de petroleiros da Bahia também compareceu.

Um representante da Federação dos Petroleiros discursou dizendo que os petroleiros estão juntos com Glenn e que desde 2008 a Petrobras é espionada | FOTO: Divulgação |

Um representante da Federação dos Petroleiros discursou dizendo que os petroleiros estão juntos com Glenn e que desde 2008 a Petrobras é espionada, sobretudo depois da descoberta do pré-sal. Foi ovacionado o representante dos petroleiros. João Batista Damasceno, representantes dos Juízes Pela Democracia ocupou o microfone para ler manifesto de familiares de desaparecidos pela Ditadura. Wagner Moura também estava presente e discursou:

“Solidariedade não só com o Glenn, mas com todos que devem dignificar a profissão. Solidariedade com todo jornalista que bate no peito e diz “eu sou jornalista”. Solidariedade com indígenas. À memória dos assassinatos pela ditadura brasileira, aos negros das favelas. A última vez que estive aqui na ABI foi num ato de apoio a Jean Wyllys”. Ainda citou a família de Glenn Greenwald que é casado com um deputado federal do PSOL-RJ, David Miranda e tem dois filhos adotados, “família brasileira linda”, e concluiu dizendo: “Somos maioria!”. As informações são do Portal Disparada.

Confira vídeo divulgado

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