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Bahia resgata conhecimento e utilização de plantas tradicionais

Até esta sexta, o Plano de Ação sobre Segurança Alimentar e Nutricional, quando técnicos extensionistas, terão a missão de resgatar alimentos cultivados por outras gerações nas comunidades rurais | FOTO: Divulgação |

Língua de vaca, ora-pro-nóbis, taioba, araruta, jatobá, caxixi e mangará são algumas plantas encontradas no quintal de diversos agricultores familiares da Bahia. Alimentos ricos em vitaminas e nutrientes, são pouco utilizados e consumidos por falta de conhecimento dos benefícios que proporcionam. Para ampliar a diversidade do consumo alimentar dos baianos, o Governo do Estado, por meio do projeto Bahia Produtiva, está realizando, até sexta-feira (16), o Plano de Ação sobre Segurança Alimentar e Nutricional, quando técnicos extensionistas, terão a missão de resgatar alimentos cultivados por outras gerações nas comunidades rurais.

O coordenador de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Bahia Produtiva, Wecsley Ferraz, destacou que essa é uma capacitação de mais de 80 técnicos e técnicas extensionistas, sobre um importante tema como segurança alimentar e nutricional: “Essa formação servirá para que nossos parceiros, técnicos de campo, multipliquem esse aprendizado com aproximadamente seis mil famílias em todo estado. Queremos levar alimentação saudável da nossa biodiversidade para a mesa das famílias apoiadas pelo Bahia Produtiva”.

A profissional de Ater, Milena Mendes, do Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da (Cedasb), instituição de Ater contratada pelo Bahia Produtiva, está entre os técnicos que participam da capacitação e falou de alimentos como moringa e ora-pro-nóbis cultivados no sudoeste baiano: “São plantas que, cultivadas na nossa região pelos nossos ancestrais, acabaram sendo esquecida e agora será feito um trabalho de resgate dessas plantas, a ora-pro-nóbis, que significa rogai por nós, é uma planta riquíssima em proteína, cálcio, magnésio, que o pessoal tem utilizado bastante na alimentação. Minha vó até fala que era considerada carne dos pobres pela quantidade de proteínas que tem”.

O agrônomo e pesquisador da Embrapa, Nuno Rodrigo Madeiro, está ensinando sobre o plantio de Plantas Alimentícias Não-Convencionais e sobre o uso de plantas tradicionais: “A nossa colaboração no projeto Bahia Produtiva tem a ver com a parte agrícola. Vamos fazer o cultivo das espécies de hortaliças panc, de hortaliças tradicionais. São espécies muito resistentes, a maioria delas nativas. Temos como vantagem o uso dessas espécies por sua imensa adaptabilidade, são muito menos exigentes em adubos, se multiplicam quase que espontaneamente”.

A programação conta com oficinas de plantio, nutrição e metodológicas. A capacitação é uma iniciativa do Bahia Produtiva, projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio de acordo de empréstimo com o Banco Mundial, em parceria com a VP Centro de Nutrição. A meta é tornar a Bahia referência em diversidade e soberania alimentar. As informações são da SDR.

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