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Chapada: “Quem quiser que confie”, ironiza deputado sobre nova barragem construída pelo governo em Mucugê

Conforme Targino Machada, será deslocada uma comitiva para o município de Mucugê esta semana | FOTO: Montagem do JC/Divulgação/Mário Marques |

Desde o rompimento da barragem do Quati, em julho deste ano, que deixou milhares de pessoas desabrigadas nos municípios de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, o governo do estado ainda não apresentou nenhum plano de emergência para as dez barragens que permanecem em situação de alto risco no estado, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). “A Agência considerou de alto risco a situação da barragem do Apertado, em Mucugê [Chapada Diamantina]. Agora, acintosamente, o governo do estado, sem ter solucionado o problema, anuncia a construção da nova barragem de Casa Branca nesse mesmo município. Quem quiser que confie”, pontua o deputado estadual Targino Machado (DEM).

Nesta quinta–feira (10), está programada uma visita de técnicos da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) ao município de Utinga para realizar estudos a fim de ampliar a oferta hídrica da sub-bacia hidrográfica do rio Utinga. Na ocasião, será também deslocada uma comitiva para o município de Mucugê. “Em vez de promover suporte hídrico para as atividades agropecuárias da região, o governo do estado tem levado pânico aos moradores da Chapada Diamantina. Parece que Rui Costa quer transformar em realidade a profecia de que o sertão vai virar mar”, adverte o deputado.

A ANA listou 10 barragens em situação de alto risco na Bahia, entre as quais, além da barragem do Apertado, em Mucugê, estão as barragens de Afligidos (em São Gonçalo dos Campos), Araci (na cidade de mesmo nome), Cipó (Mirante), Luiz Vieira (Rio de Contas), RS1 e RS2, em Camaçari, Tabua II (Ibiassucê), Zabumbão (Paramirim) e Pinhões (Juazeiro/Curaçá).

Essas unidades, segundo o relatório, foram destacadas pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema) – órgão fiscalizador que identificou, a pedido da ANA, as barragens mais preocupantes, ou seja, com algum comprometimento estrutural importante que impactasse a sua segurança. “Estamos atentos, juntamente com a sociedade civil organizada, para continuar cobrando uma ação efetiva do governo, e não paliativa em relação às barragens em risco na Bahia. O Inema continua com apenas seis fiscais e todos nós sabemos que o órgão não vai conseguir fiscalizar 335 barragens apenas com essa equipe”, enfatiza Targino. As informações são de assessoria.

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