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Trabalho solidário da LBV atende gestantes em situação de vulnerabilidade social

As gestantes passam a ser assistidas pela LBV a partir do quarto mês de gravidez e seguem até o final da gestação | FOTO: Divulgação |

Pensando em auxiliar as mulheres durante a gestação e o pós-parto, a Legião da Boa Vontade (LBV), por meio do serviço Cidadão-Bebê, atende centenas de gestantes que vivem em situação de vulnerabilidade social na capital baiana. E, nesta semana, as atendidas participaram de uma atividade especial: aprenderam na prática os cuidados que devem ter com os bebês. A dinâmica foi ministrada pelo Grupo Amigas D’Leite, composto pela professora Flávia Pimentel e suas alunas do curso de enfermagem da Faculdade Unifacs.

Na ocasião, as Amigas D’Leite levaram bonecos, banheiras, fraldas, roupinhas e outros utensílios para que as gestantes pudessem visualizar como é a forma correta de dar banho nos bebês. A atividade serviu também para desmistificar mitos: “Quando falamos sobre amamentação, surgiram várias histórias, como a que gestante não pode tomar sol, que se a barriga está pequena é porque tem pouco liquido e é sinal de que o parto vai ser complicado, enfim, várias situações que elas acreditavam, mas que na verdade não passam de histórias populares”, afirmou a professora, Flávia Pimentel.

LBV e seu trabalho de conscientização
As gestantes passam a ser assistidas pela LBV a partir do quarto mês de gravidez e seguem até o final da gestação. Os encontros acontecem semanalmente, onde elas recebem orientações de profissionais de diversas áreas que trazem informações sobre alimentação saudável, parto normal e prevenção de acidentes. As atendidas ainda participam de oficinas, aprendem sobre os direitos da criança, sobre os cuidados com o bebê e técnicas que podem auxiliá-las após o nascimento da criança, como a utilização do tecido para segurar os bebês junto a elas.

“A estratégia de usar os panos para prender os bebês às mamães consiste em fazer com que elas carreguem seus filhos sem que seja necessário a utilização das mãos. Com isso, elas poderão ter flexibilidade para fazer diversas atividades do dia-a-dia sem precisar deixar os pequenos distantes de si”, explicou a professora de Yoga e voluntária da LBV Fernanda Lima. Na oportunidade, a profissional vem aplicando oficinas para as atendidas: “Tivemos o primeiro encontro que foi para [conversarmos] e aí eu trouxe informações sobre a prática do Yoga. Quis trazer para elas uma reflexão para que percebessem a ligação de amor e troca de energia com os filhos”, disse Fernanda.

Confira fotos aqui

Em um primeiro momento, a professora percebeu que não seria possível completar a atividade, por conta da agitação dos bebês. Foi aí que ela trouxe a Shantala, técnica de massagem que as mães aprenderam e fizeram nos bebês.
“Fizemos os movimentos no rosto e no corpinho deles. As crianças ficaram mais calmas. A massagem Shantala proporciona a percepção da criança para que ela comece a se conhecer, a perceber que tem braços e pernas, ela percebe o próprio corpo, sem contar que facilita no processo de sentar e andar”, concluiu.

Resultados positivos
Com a prática da massagem Shantala, fica mais evidente os laços construídos entre mães e filhos. A jovem Daiana é mãe do pequeno Henrick, de dois meses, e é um exemplo de superação. Na ocasião, contou um pouco sobre sua história: “Com cinco meses de gravidez, eu estava passando por uns problemas em casa; tinha uns remédios e pensei em tomar para tirar minha vida. Um dia depois eu vim parar aqui [na LBV] e teve uma palestra que falava sobre o quanto a gravidez muda nossa vida. Nesse mesmo dia também conversei com a assistente social e desabafei com ela sobre o que eu estava pensando em fazer, e ela me aconselhou e me fez perceber que eu estava errada. Depois disso, eu tirei aquela ideia da minha cabeça. Posso dizer que graças à LBV eu tirei aquele pensamento de mim. Hoje eu amo o meu filho, ele é tudo para mim. Não pode encostar uma mosquinha nele, que eu já fico desesperada”, disse.

No final da gravidez, todas as gestantes recebem um enxoval completo com produtos para elas e para os bebês. Neste período de pós-parto, elas continuam sendo assistidas pela LBV e permanecem participando das atividades até a criança completar três anos de idade. “O Cidadão-Bebê atua de forma preventiva junto às mulheres gestantes, mães e bebês, contribuindo para o acesso às informações, oportunizando a criação de espaços de reflexão sobre a maternidade e o fortalecimento dos vínculos familiares”, ressaltou a assistente social da LBV, Priscila Moreira. As informações são de assessoria.

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