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Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara repudia reintegração de posse truculenta na Bahia

Ação truculenta de policiais federais e militares no ato de despejo na região de perímetro irrigado | FOTO: Divulgação |

Os atos violentos contra famílias sem-terra nos municípios de Casa Nova e Juazeiro, na Bahia, praticados por policiais federais e militares durante reintegração de posse em áreas de perímetro irrigado foram repudiados também pelo Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara dos Deputados. O parlamentar João Daniel (PT-SE), coordenador do núcleo, assina a peça que circula nas redes sociais nesta segunda-feira (25) e denuncia uso de milícia particular, criança desaparecida e até impedimento de organizações de Direitos Humanos de prestarem auxílio às famílias.

A área, objeto de litígio, onde ocorreu o despejo violento tem cerca de 1.727 hectares, são 19 lotes. Compreende os acampamentos Abril Vermelho, no Projeto Salitre, em Juazeiro, Irmã Dorothy e Iranir de Souza, no Projeto Nilo Coelho, em Casa Nova. “Uma escola infantil foi completamente destruída, há denúncia de sem-terras feridos e uma criança desaparecida. Organizações de Direitos Humanos, vereadores, sociedade em geral foram impedidos de chegar ao local para prestar apoio às famílias diante do sítio armado pela polícia militar”, aponta nota.

A área, objeto de litígio, onde ocorreu o despejo violento tem cerca de 1.727 hectares, são 19 lotes | FOTO: Divulgação |

Ainda de acordo com o núcleo, a ação de despejo acontece justamente no mesmo dia em que o presidente Bolsonaro afirma que pretende enviar um projeto ao Congresso Nacional que autorize a reintegração de posse rural por forças de segurança a revelia dos governos estaduais. “Trata-se de uma autorização para que a violência no campo se acirre e a impunidade seja política de governo”, completa nota assinada pelo deputado João Daniel.

Por fim, o núcleo enfatiza que repudia os atos de violência contra as famílias agricultoras e denuncia ainda o uso de milícias particulares para esse tipo de ação. “É um alerta para ilegalidades neste processo e deve ser apurado. Também é preciso que o Governo do Estado da Bahia se manifeste diante de desta ação que não condiz com os diálogos que têm sido realizados entre movimentos sociais e poder público local”.

Jornal da Chapada

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