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“Bolsonaro quer acabar com os movimentos sociais”, diz Suíca ao criticar reintegração de posse na Bahia

O vereador soteropolitano critica método violento de despejo de famílias sem-terra | FOTO: Montagem do JC |

A ação de reintegração de posse em área do perímetro irrigado entre Casa Nova e Juazeiro, que deixou quase mil famílias sem-terra sem ter para onde ir, foi também criticada pelo vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT) que culpou o governo Bolsonaro pelos atos truculentos presenciados. Nesta terça-feira (26), o edil petista prestou solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e destacou que as medidas de Bolsonaro são para atacar e acabar com os movimentos socais e organizações de direitos humanos no país. Suíca denuncia que o despejo foi violento, “mulheres, crianças e idosos foram feridos e vários trabalhadores ficaram desaparecidos, inclusive crianças”.

“Esse recente despejo de famílias sem-terra em Casa Nova e Juazeiro foi ação de milícia particular com auxílio das polícias Federal e Militar, com a determinação de Bolsonaro. O presidente quer enviar projeto ao Congresso Nacional pedindo autorização para que nas reintegrações de áreas rurais as forças policiais atuem sem que o governo estadual saiba ou participe. Isso já está acontecendo, não precisa mais enviar projeto algum”, diz Suíca. A área onde ocorreu o despejo violento tem cerca de 1.727 hectares, e são ao menos 19 lotes que formam os acampamentos Abril Vermelho, no Projeto Salitre, em Juazeiro, Irmã Dorothy e Iranir de Souza, no Projeto Nilo Coelho, em Casa Nova.

Suíca usa dados do MST para cobrar uma posição da justiça. Ele diz que houve um posicionamento do Ministério Público e da Defensoria Pública e de juiz em não ocorrer o processo de reintegração de posse das áreas “sem antes o cumprimento dos acordos em sua totalidade”. O vereador considera que a decisão foi arbitrária do juiz Pablo Henrique Carneiro pelo cumprimento de sentença de despejo das famílias. “Elas estão lá há sete anos produzindo alimentos saudáveis, gerando trabalho e renda para mais de 5 mil pessoas”. Nesta terça-feira a indignação pelo despejo desencadeou na Bahia um estado de alerta e uma série de manifestações e fechamento de estradas federais. As informações são de assessoria.

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