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#Bahia: Mineração cresce no estado e tendência é de aumento em 2020; confira detalhes

O número de empresas que atuam na produção mineral no estado aumentou 2,56% em relação a 2018 e chegou a 390 mineradoras | FOTO: Arquivo/Correio 24h |

Os números referentes ao mercado da mineração na Bahia estão em ascenção. O valor da produção mineral baiana alcançou R$ 3,2 bilhões este ano, 5% maior do que no ano passado, segundo a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Além disso, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), de janeiro a outubro de 2019, a exportação de produtos minerais gerou para a balança comercial do estado cerca de US$ 620 milhões.

Os números da mineração na Bahia só aumentam e para 2020 a expectativa é grande, inclusive por conta do aumento de pesquisas sobre os minérios no estado. O número de empresas que atuam na produção mineral no estado aumentou 2,56% em relação a 2018 e chegou a 390 mineradoras. Estas empresas geraram 15.684 empregos diretos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar disso, o investimento em infraestrutura é crucial e ainda segura o crescimento do setor. Com preços cada vez mais competitivos no mercado internacional de commodities, qualquer item a mais no custo de produção pode inviabilizar o negócio. “A Bahia graças a CBPM é o estado mais bem estudado geologicamente do Brasil. Todo o território está coberto por levantamentos aerogeofísicos, que são a principal ferramenta de pesquisa mineral. Mas a infraestrutura é fundamental na mineração. Entretanto muitas vezes temos como produzir, mas não temos como escoar. Isso acaba afugentando muitos investidores”, afirma Rafael Avena, diretor técnico da CBPM.

Uma das maiores expectativas é sobre a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, no sudoeste da Bahia. A mina de concessão da Bahia Mineração (Bamin) está em fase de pré-implantação. De acordo com a mineradora, o projeto integra alta tecnologia, segurança e qualidade. Quando estiver em operação devem ser produzidas 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Um volume suficiente para elevar a Bahia a terceiro maior produtor do país. Mas o projeto iniciado em 2013, depende da construção da Fiol e do Porto Sul para tornar viável o transporte e o escoamento do minério.

O Porto Sul está sendo construído pela Bamin em parceria com o governo do estado, através de uma sociedade de propósito específico, no distrito de Aritaguá, em Ilhéus. A estrutura deve ter uma capacidade de armazenamento de até 41 milhões de toneladas por ano. Com um calado de até 18,3 metros e 20 metros de comprimento, a obra exigirá um investimento de R$ 4 bilhões de reais. Entre as fases de implantação e operação, o porto e a mina devem gerar 12 mil empregos diretos e 70 mil indiretos na Bahia. A empresa tem um compromisso de contratar pelo menos 60% de mão de obra local.

Além de escoar produção da Pedra de Ferro, o Porto Sul será usado de forma compartilhada para transportar minérios de outras partes da Bahia e a produção agrícola da região oeste do estado.Segundo a mineradora, o projeto criará um novo corredor logístico para o estado e para região nordeste, impulsionando novos negócios e investimentos no interior da Bahia, com geração de emprego e renda na região.

FIOL
A outra parte fundamental do projeto, a Ferrovia Oeste Leste, começou a ser construída em 2011 e tinha prazo inicial de conclusão para 2014, mas até agora não foi finalizada. O investimento total na ferrovia já chega a R$ 5,04 bilhões de reais. Apenas este ano foram gastos R$ 379,05 milhões de reais na ferrovia, que vem sendo considerada uma saída para dinamizar a economia dos 32 municípios por onde vai passar.

Sobre o Porto Sul, a Casa Civil do Governo do Estado afirmou que a obra deve ser iniciada no primeiro semestre de 2020. O projeto possui as licenças prévias, de instalação e a autorização de supressão de vegetação. Atualmente estão sendo realizadas ações preparatórias para a construção do equipamento, como capacitação de mão de obra local e a implantação de programas ambientais, como resgate da fauna e flora. Ainda segundo a Casa Civil, em junho deste ano também foram iniciados os processos de desapropriação no local. Jornal da Chapada com as informações de Correio 24h.

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