Um policial militar foi filmado quando agredia um jovem em uma abordagem no bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. De acordo com o site G1, a ação foi gravada por moradores, na noite do último domingo (2). No vídeo, um adolescente negro de 16 anos, é agredido com murros e chutes enquanto é revistado. O policial ainda diz insultos racistas ao se referir ao cabelo do jovem.
“Você para mim é ladrão, você é vagabundo. Olha essa desgraça desse cabelo aqui. Tire aí vá, essa desgraça desse cabelo aqui. Você é o quê? Você é trabalhador, viado? É?”, grita. Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o vídeo será encaminhado para Corregedoria Geral da PM. A corporação disse ainda que “não preconiza com a violência e rechaça todo e qualquer tipo de conduta violenta”.
Além do jovem que é agredido, é possível ver que outros dois rapazes também passam pela abordagem. Depois da agressão, o PM entra na viatura e deixa o local. Segundo o site do jornal Correio, o adolescente, diz estar com medo de sair de casa e se sente ameaçado. “Não me sinto mais à vontade para usar [o black power]”, disse o jovem.
Ainda bastante assustado, disse temer uma reação do PM, que ainda não foi identificado. “Me sinto ameaçado, se ele [o PM] vai querer me pegar por causa do vídeo, fazer maldade comigo”. Ele usa o cabelo black há pelo menos um 1 ano e foi a primeira vez que foi discriminado.
O governador Rui Costa (PT) se posicionou sobre o caso nesta terça em rede social e classificou o episódio como “inaceitável”. “Determinei apuração rigorosa e imediata da Corregedoria da Polícia Militar com as devidas punições legais aos responsáveis e divulgação para a sociedade das medidas adotadas. Para que esses casos isolados não possam continuar comprometendo a imagem da instituição”, escreveu na rede social.
“Como governador do Estado da Bahia não admito comportamento de violência policial como o ocorrido no vídeo que circula nas redes sociais. É inaceitável, inadmissível e não reflete o comportamento e os ideais da instituição”, emendou. Com informações do G1 e Correio.