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Bolsonaro pode cancelar viagem à Itália por causa do coronavírus e comenta sobre fechamento de fronteiras no Brasil

Bolsonaro deve cancelar viagem por causa do coronavírus | FOTO: Valter Campanato/EBC |

Em todo mundo, foram confirmados 82.294 casos do Covid-19, o famigerado coronavírus. E, por conta disso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já admitiu, na última quinta-feira (27), a possibilidade dele cancelar a viagem prevista para a Itália no primeiro semestre deste ano. A doença provocou 17 mortes no país europeu, segundo números divulgados na quinta. Na véspera, eram 12. “Pode ser que cancele a viagem para a Itália”, respondeu o presidente, na chegada ao Palácio da Alvorada.

Já sobre a ida ao Uruguai, onde não há nenhum caso confirmado até o momento, ele disse que “está tudo certo”. Bolsonaro vai participar da posse do novo presidente Luis Alberto Lacalle Pou, indo e voltando no mesmo dia. “Infelizmente, mais cedo ou mais tarde ia chegar no Brasil”, comentou o presidente, sobre a confirmação do primeiro caso no país, na quarta (26).

Sobre as medidas a serem tomadas pelo governo, ele comentou que tem gente que quer que ele feche a fronteira e proíba aviões de pousar no Brasil, vindos da Europa. “Infelizmente, é mais uma realidade ruim que vai ter que ser enfrentada. Já estamos enfrentando, fazendo o possível”, disse Bolsonaro. Ele comentou ainda que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a liberação de mais de US$ 1 bilhão para combater a doença — o americano solicitou a liberação de US$ 2,5 bilhões ao Congresso — cerca de R$ 11,2 bilhões, no câmbio atual. “Se você falar em R$ 1 milhão , já é complicado”, complementou.

Profissionais de saúde aumentam esforços para controlar o novo coronavírus | FOTO: Reprodução/EBC |

Dados pelo mundo
A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou boletim na quinta (27) informando que o Brasil e mais oito países informaram casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24 horas. As demais nações que tiveram casos de coronavírus foram Dinamarca, Estônia, Geórgia, Grécia, Noruega, Paquistão, Romênia e Macedônia do Norte. Em todo mundo, foram confirmados 82.294 casos da doença, 1.185 nas últimas 24 horas. Deste total, 78.630 estão na China, dos quais 439 são novos, e 3.664 confirmações da doença em outros países, sendo 746 recentes.

O boletim da OMS também informa que, até agora, o Covid-19 causou a morte de 2.747 pessoas na China (29 nas últimas 24 horas) e de 57 pessoas em outros países (13 recentes). Fora da China, os países com o maior número de mortes por coronavírus são Coreia do Sul, com 13 (1.766 casos confirmados), Itália, com 12 (400 casos confirmados) e Irã, com 22 (141 casos confirmados). A OMS considera a avaliação de risco muito alta na China e alta a nível global. A OMS disponibilizou, para download, um curso em português sobre vírus respiratórios emergentes, incluindo COVID-19.

O número de suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo | FOTO: José Cruz/EBC |

Casos no Brasil
Após cerca de 24 horas da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o número de pessoas oficialmente tratadas como suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Na última sexta-feira (21), era apenas um caso. O Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até a tarde de quinta (27), mas não analisou todos.

“Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo. Segundo o secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do número de países com fluxo migratório intenso com o Brasil, e que têm pessoas com o vírus.

Um exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O homem de 61 anos não esteve na China, que concentra a maioria dos casos no mundo, e sim na Itália. Após a confirmação desse caso, pessoas com histórico de viagem à Itália, à França e à Alemanha e que apresentem febre somada a um sintoma respiratório também são tratadas como suspeitas de ter o coronavírus. Na Bahia, casos são monitorados pelo governo estadual. Jornal da Chapada com dados do jornal O Globo e Agência Brasil.

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