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Wagner já não é o único nome no PT para o governo em 2022, mas alternativas ainda não querem se apresentar

O senador da República, Jaques Wagner | FOTO: Jonas Santos |

O nome do senador Jaques Wagner deixou de ser unanimidade no PT para a sucessão do governador Rui Costa. Wagner sempre foi visto como o principal ativo do partido para 2022 exatamente porque é considerado, na agremiação, o único que pode manter unidos ao grupo o PP, do vice-governador João Leão, e o PSD, do senador Otto Alencar, hoje principais braços da governabilidade de Rui Costa, considerados essenciais para um novo projeto eleitoral.

Petistas dizem, no entanto, que, nos últimos dias, o senador teria dado mostras de que não considera inviável a construção de uma alternativa ao seu nome no próprio petismo, levando em conta a necessidade de a fila andar na agremiação, permitindo a ascensão de novas lideranças, a idade com que ele próprio estará no ano da disputa, de 73 anos, e o discurso que faz normalmente contra a reeleição.

Alguns lembram que Wagner chegou a propor um projeto no Congresso proibindo deputados de se recandidatarem depois de cumprirem dois mandatos seguidos. “O senador tem interesse em construir alternativas no PT”, diz um deputado federal que acompanha as discussões informais no partido sobre 2022, antecipando, entretanto, que o debate só vai esquentar na legenda depois das eleições municipais.

Segundo ele, a partir daí será possível avaliar com que força sairão das urnas não só o PT, como o PP e o PSD, partidos que disputam hoje a hegemonia na relação com o petismo, mas aproveitam o espaço que possuem no governo para se fortalecer e, eventualmente, buscarem até liderar o processo sucessório em favor de quadros próprios por ocasião do fim do mandato de Rui Costa.

A mesma fonte argumenta, no entanto, que a folha corrida de serviços prestados pelo PT ao Estado nos 16 anos que o partido terá governado a Bahia, a serem completados em 2022, torna praticamente impossível ao partido abrir mão do próprio legado, permitindo que outra sigla venha a liderar a campanha eleitoral no grupo hoje comandado por Rui Costa. É uma referência, principalmente, ao PP e ao PSD, que podem se escalar para a disputa.

Ele, entretanto, não comenta a existência de nomes no partido do governador para assumir a candidatura em 2022, argumentando que eles existem, não sou poucos e estão dispostos a encarar o desafio, embora prefiram, no momento, os bastidores. “Eles existem, estão sendo comentados internamente, o que faz com que circulem abertamente entre a gente mas só serão colocados no devido momento”, afirma. Texto extraído na íntegra do site Política Livre.

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