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Chapada: Consumidores denunciam farmácia por venda de álcool em gel falsificado no município de Mucugê

Mucugê aguarda teste de um caso suspeito de Covid-19 | FOTO: Montagem do JC/Acervo Pessoal |

Diante da pandemia que está sendo enfrentada na saúde, com o aumento de casos suspeitos por infecção e mortes pelo novo coronavírus (Covid-19), a população ainda tem que encarar os valores altos de produtos no comércio e falsificação. Alguns comerciantes se aproveitam da situação. É o caso das denúncias que chegam ao Jornal da Chapada contra uma farmácia que comercializa álcool 70% em gel falsificado. Os casos foram registrados no município de em Mucugê, na Chapada Diamantina.

Neste sábado (21) consumidores que fazem compras com frequência no estabelecimento na cidade chapadeira, perceberam que havia algo de errado com o produto, como a falta do selo da Anvisa, do CNPJ do fabricante, e duvidaram da marca desconhecida com embalagens de tamanhos diferentes registrando mesmo volume no rótulo. Uma das denunciantes, de iniciais L. S. aponta que se sentiu lesada e não tem mais segurança em comprar qualquer tipo de medicamento na referida farmácia.

“Eu comprei, tenho o frasco [o produto] aqui na minha casa. Estou fazendo uma denúncia como consumidora. Me senti lesada de comprar uma mercadoria, ainda mais em farmácia, confiando, o que hoje nem confio mais. Não compraria nem mais um medicamento nesta farmácia, por conta disso”, ressalta a consumidora com indignação. Ela já procurou advogado e entrará com uma denúncia junto ao Ministério Público (MP) contra a drogaria.

Prefeitura tem realizado ações para conter a Covid-19

“Conversei com meu advogado ele estará junto comigo no Ministério Público fazendo a denúncia, infelizmente a dona da farmácia é esposa do irmão do atual prefeito. Então, se deixar só pelas medidas do município, essa situação vai acabar sendo passado um pano por cima e nada será feito. A preocupação inclusive é porque ontem [sexta, 20 de março] a funcionária da farmácia falou que no início dessa próxima semana chegaria mais uma remessa desse mesmo álcool e, se nada for feito, eles vão continuar a fazer a venda desse álcool em gel falsificado”, afirma denunciante ao Jornal da Chapada.

Outra consumidora, descontente com o estabelecimento, procurou o site para denunciar a irresponsabilidade do estabelecimento em tempos de pandemia. “Fiz a compra desse álcool em gel em uma farmácia aqui na cidade de Mucugê, na correria e desespero da hora não olhei o produto, ao chegar em casa pude observar que o gel não tem o selo da Anvisa e nem o CNPJ. Procurei a marca e não encontrei nada na internet. O produto corre grande risco de ser falsificado. Gostaria de fazer essa denúncia, confiando que o poder da mídia pode impedir danos futuros”, reforça a consumidora.

Produto sendo vendido com o mesmo nome pela internet no bairro de Piatã, em Salvador | FOTO: Reprodução |

Crimes contra a saúde pública estão sendo rigorosamente apurados pela polícia e pelos órgãos fiscalizadores dos governos estadual e federal, principalmente nesse momento em que o país se encontra de pânico generalizado. Corromper ou adulterar produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, nestes inclusos álcool em gel, bem como vender, distribuir ou de alguma forma entregar a consumo, é considerado crime hediondo cuja pena pode chegar a até 15 anos de prisão.

O Jornal da Chapada tentou entrar em contato, por mais de cinco vezes, em dois diferentes números da farmácia denunciada, mas não conseguiu respostas até o fechamento desta matéria. Em breve pesquisa, a redação encontrou marcas de álcool em gel com o mesmo nome só que com rótulo diferente do vendido na drogaria em Mucugê. O produto com rótulo azul de mesmo nome sendo vendido por meio do OLX no bairro de Piatã, em Salvador, conforme pesquisa do jornal. Tentamos contato com o vendedor, via chat, mas também não obtivemos repostas.

Leitora envia mais imagens de rótulo diferente | FOTO: Divulgação |

“Acabo de ver a reportagem e, inclusive, comprei o álcool e questionei na farmácia o porque da substância estar diferente, me disseram que era normal. E, por receio, não usei, tenho imunidade baixa, e não quis correr o risco. E percebi também, que o rótulo do qual comprei não é rosa e nem azul, é verde! Fiz várias pesquisas na internet a procura de algo sobre a marca e não encontrei algo parecido”, conta outra denunciante.

Jornal da Chapada

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