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#Exclusivo: Brasileiros na Turquia tentam obter ajuda para serem repatriados ao Brasil; “Não sabemos mais o que fazer”

O Jornal da Chapada entrevistou Ramaiane Sena, uma das brasileiras que trabalha na capital turca | FOTO: Acervo Pessoal/Montagem do JC |

Brasileiros que estão na Turquia têm dificuldades para retornar ao Brasil depois que o número de voos internacionais foram drasticamente reduzidos pelos países como forma de diminuir a proliferação do novo coronavírus e combater à pandemia da Covid-19. O Jornal da Chapada entrou em contato com uma das brasileiras que mora há cerca de seis meses na capital turca, Ancara.

Ramaiane Sena, que é baiana de Salvador, tem visto de trabalho de um ano, mas como praticamente todas as atividades laborais estão suspensas, ela informa que tem entrado em contato constantemente com o plantonista da embaixada brasileira no país para obter ajuda para o repatriamento, já que a sede da embaixada está fechada.

“Eu e mais 50 brasileiros estamos dia e noite entrando em contato com a embaixada brasileira, suplicando por ajuda. Já estamos há um mês e meio parados, sem trabalhar por conta do coronavírus e estamos entrando em desespero por não sabermos mais o que fazer. Nós estamos solicitando ajuda para repatriação, não temos condições alguma de permanecer aqui nesse estado crítico”, disse Ramaiane.

Ela ainda informa que a maioria dos brasileiros que estão lá a trabalho vivem de ajuda de conhecidos e com um auxílio financeiro de TL 500 (quinhentas liras turcas que equivalem a R$381). Como resposta, o representante da embaixada enviou um link de um formulário para cadastro dos brasileiros que desejassem retornar ao Brasil. Ele disse que tentaria organizar um voo fretado com os interessados e o valor da passagem iria depender da quantidade de inscritos que, segundo ele, até o momento são de 90 pessoas.

“Já fizemos todo o processo de cadastramento, nos sites indicados pelo consulado. Porém, eles informam que tudo depende do governo brasileiro. Sendo assim, não temos mais alternativa alguma, muito menos condições de arcar com o pagamento do voo. Eu estou vivendo de ajuda de pessoas amigas que se sensibilizaram com a nossa situação”, desabafa a brasileira.

No entanto, a realização do voo ainda não foi confirmada e boa parte dos interessados informam não terem condições de arcar com os custos da viagem – já que estão sem trabalhar.

Jornal da Chapada

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