Com a pandemia do novo coronavírus (covid-19) e o confinamento necessário para conter o avanço do vírus, todos os shows e eventos públicos foram cancelados, levando artistas e profissionais do entretenimento a procurar outros meios de chegar ao público.
Fred Furtado, CEO da Tubelab, empresa de marketing de influência especializada em promover campanhas para as redes sociais, aponta que a solução encontrada por este segmento da cultura foi investir nas transmissões ao vivo pela internet, conhecidas como ‘lives’: “hoje as redes sociais e as plataformas digitais são os melhores meios para divulgação que existe. Nós temos conectado criadores de conteúdo a grandes marcas com bastante sucesso e resultados para nossos clientes, e isso só mostra o poder e o alcance destas plataformas e deste tipo de influenciadores digitais em dialogar com o público.”
Grandes eventos online
Embora gratuitos para a população, as ‘lives’ atraíram a atenção de grandes patrocinadores, que investiram nas apresentações online de nomes da música: “o que se viu foram desde produções mais intimistas até grandes produções com banda e estrutura de show mesmo. As produtoras e os artistas precisaram se reinventar para continuar indo onde o público está, e devido à pandemia, quase todos estavam em casa.”
Além da música
Nestes eventos online, além da música a solidariedade teve destaque especial com a arrecadação de grandes somas em dinheiro e alimentos para ajudar instituições de caridade e também unir forças para combater o coronavírus: “o Brasil foi campeão e diria pioneiro nestas iniciativas. Antes de boa parte dos artistas internacionais atentarem para a arrecadação de fundos nas transmissões ao vivo, nossos artistas já estavam fazendo isto e com grande êxito.”
Outra coisa que chamou atenção também durante as ‘lives’ foram as polêmicas: “houveram momentos que variaram desde os de gosto duvidoso até os divertidos, com os cantores abrindo a intimidade para o público, se permitindo quebrar totalmente o protocolo, falar da vida pessoal e até mesmo beber um pouco além da medida (risos). A bebedeira foi uma atração à parte. Concordando ou não com o abuso de álcool de alguns artistas, o conjunto da obra também agradou boa parte do público que pôde ver o lado humano do artista, fora dos palcos e de todo o glamour”.
Maiores ‘lives’ e arrecadações do Brasil
A Tubelab elaborou uma lista com os maiores eventos musicais do país e sua respectiva arrecadação de fundos e mantimentos. Artistas de sertanejo e do pagode lideram a lista. Confira:
Sertanejo
Marília Mendonça – 73 milhões de views (2 lives) + 100 toneladas de alimentos + R$422 mil.
Bruno e Marrone – 41 milhões de views (2 lives) + 130 toneladas + R$390 mil.
Jorge e Matheus – 47 milhões de views (2 lives) + 216 toneladas.
Gusttavo Lima – 46 milhões de views (2 lives) + 1.000 toneladas de alimentos + R$ 00 mil.
Zé Neto e Cristiano – 35 milhões de views (2 lives) + 20 toneladas de alimentos.
Amigos – 15 milhões de views + R$ 1,7 milhões em doações.
Pop nacional
Sandy Junior – 18 milhões de views + 1.000 toneladas de alimentos.
Wesley Safadão – 15 milhões de views (última live).
Alok – 12 milhões de views.
Ivete Sangalo – 2.3 milhões de visualizações.
Anitta – 1.5 milhões de visualizações + 1 milhão de reais.
Ludmilla – 400 mil visualizações.
Pagode
Jeito Moleque – 1,4 milhões de views
Thiaguinho – 9,2 milhões de views
Ferrugem – 8 milhões de views (2 lives)
Péricles – 13,7 milhões de views (2 lives)
Turma do Pagode – 6,9 milhões de views (2 lives)
Pixote – 9,7 milhões de views (2 lives)