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#Polêmica: Bolsonaro tira R$83 milhões de programa contra extrema pobreza e realoca na Secretaria de Comunicação

O presidente Jair Bolsonaro | FOTO: Reprodução/EBC |

O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, retirou R$83,9 milhões de um programa de combate à extrema pobreza e realocou o recurso na conta da comunicação institucional da Presidência da República, sob chefia da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom).

A “abertura do orçamento”, como a operação é chamada tecnicamente pelo governo, foi publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial da União (DOU).

Os R$83.904.162 deixam os cofres da Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza, programa criado em 2004, e que beneficiava populações carentes do Nordeste.

“Abrir ao Orçamento Fiscal da União em favor da Presidência da República, crédito suplementar no valor de R$83.904.162,00. Os recursos necessários à abertura do crédito decorrem de anulação de dotação orçamentária conforme indicado [na portaria]”, escreveu Waldery.

Crise
A Secom está no centro de uma crise sobre uso de dinheiro público para publicidade. Um relatório produzido pela CPMI das Fake News identificou 2,065 milhões de anúncios em redes sociais, sites e aplicativos de conteúdo “inapropriado” pagos pela Secom. Entre os canais de divulgação estariam sites de notícias falsas e plataformas de pornografia.

O destino principal da verba era para a veiculação da campanha sobre a reforma da Previdência, que foi distribuída por meio da plataforma Adwords e Adsense, do Google.

Na última quarta-feira (3), o secretário especial de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, rebateu os dados. Segundo o secretário, na campanha pela reforma da Previdência o governo veiculou 400 milhões de anúncios. Desse total, apenas dois milhões teriam ido parar em sites questionáveis. Com isso, ele avaliou que a assertividade foi de “99,5%”. As informações são do site Metrópoles.

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