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Bolsonaro apresenta Reforma Tributária e cria novo imposto de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes | FOTO: Marcello Casal Jr/EBC |

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao Congresso Nacional nesta terça-feira (21) um projeto de Reforma Tributária que traz a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). A “nova versão” da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, não aparece no texto. O novo imposto unifica os tributos federais sobre consumo, PIS e Cofins, em uma alíquota de 12%.

A nova CPMF, que promete incidir sobre operações financeiras digitais, deve aparecer na segunda parte da reforma de Guedes, que pode ser apresentada em agosto. O ex-ministro Nelson Barbosa, da Fazenda e do Planejamento, comentou sobre o projeto, que considerou “um grande teste para o Congresso”, e elencou três caminhos para entendê-lo: “1) Indústria quer se desonerar onerando serviço;s 2) Serviços querem se desonerar onerando todo o país via CPMF; 3) A indústria é realmente supertributada e serviços subtributados no valor adicionado”, disse.

A economista Débora Freire, professora da UFMG, ironizou a proposta: “Na história, tributos suscitam revoluções (e golpes). Mais fácil colocar camisa de força nos gastos do que mexer na estrutura tributária. Agora veremos, de fato, o vespeiro”.

Guedes exalta Congresso
O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi quem levou as propostas do governo para a reforma tributária que tem sido discutida no Congresso. “Sempre confiamos em um Congresso reformista”, disse Guedes em coletiva de imprensa realizada logo após o encontro com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Ao invés de mandar uma PEC, já havendo a 45 no Senado e a 110 na Câmara, mandamos propostas que podem ser acopladas”, declarou o ministro, exaltando a Comissão Mista da Reforma Tributária criada no Congresso. Guedes ainda garantiu que mais propostas serão enviadas. O CBS, divulgado nesta terça, unifica os tributos federais sobre consumo, PIS e Cofins, em uma alíquota de 12%. Para o economista Marcio Pochamann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a CBS “é quase nada”.

Alcolumbre exaltou o “gesto” do governo, em mandar propostas para a comissão. “Esse gesto, mais do que o simbolismo dele, representa um anseio histórico dos brasileiros”, disse o senador. “Uma reforma tributária que represente o desejo do Governo e o desejo do Congresso. Hoje damos mais um passo significativo no rumo de fazermos a sonhada Reforma Tributária Brasileira, que hoje, em um amaranhado de legislações, portarias e resoluções complicam a vida dos investidores, atrapalham o ambiente brasileiro. Com ela teremos a oportunidade novo ambiente propício ao desenvolvimento”, completou Alcolumbre.

No plenário da Câmara dos Deputados, líder da Minoria, José Guimarães (PT-CE), cobrou que a oposição seja incluída nos debates. “É evidente que a unificação dos tributos é importante, mas a reforma tributária que o país precisa tocar em quatro grandes pontos: imposto de renda sobre lucros e dividendos, imposto sobre grandes fortunas, aumento da alíquota sobre lucro de instituições financeiras e taxação de aeronaves e embarcações”, declarou. As informações são a junção de dois textos do site da Revista Fórum.

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