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#Brasil: Senador Flávio Bolsonaro diz ter feito aula de tiro com miliciano morto na Bahia

O senador Flávio Bolsonaro e o miliciano Adriano Nóbrega | FOTO: Montagem da IstoÉ |

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou que o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega foi seu instrutor de tiro. Em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ), o parlamentar disse ainda que conheceu o ex-capitão por meio do seu ex-assessor Fabrício Queiroz. As informações são do jornal Extra.

Adriano da Nóbrega foi morto em fevereiro após trocar tiros com a Polícia Militar da Bahia, onde estava escondido. Flávio foi ouvido pelo MP no dia 7 de julho no âmbito do inquérito que investiga um suposto esquema de “rachadinhas” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na época em que era deputado estadual.

“Conheci Adriano dentro do Bope, ele me dando instrução de tiro. (Conheci) Por intermédio do Queiroz, que serviu com ele no batalhão, não sei qual”, disse Flávio no depoimento. “Sempre fui um parlamentar que gostei de conhecer os policiais que iam para o combate, do dia a dia da rua, para o trabalho mais arriscado”, justificou.

Adriano era apontado por investigadores do Rio como chefe do Escritório do Crime, grupo de pistoleiros da milícia na zona oeste da capital fluminense. Quando ainda era policial militar – chegou a ser capitão do Bope -, Adriano trabalhou com Queiroz no batalhão de Jacarepaguá, também na zona oeste. Ele respondem juntos a um homicídio registrado como “auto de resistência”.

A ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Nóbrega, e sua mãe Raimunda Veras Magalhães eram empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Conforme o MP, juntas as duas receberam R$ 1 milhão em salários e devolveram pelo menos R$ 202 mil em transferências identificadas para conta de Queiroz e outros R$ 200 mil ainda não identificados.

Após o vazamento do depoimento de Flávio, a defesa do senador emitiu nota afirmando que vai entrar com uma representação nos órgãos de correição do MP. A defesa do senador disse ter “recebido com perplexidade” as notícias de vazamento das peças e áudios de um procedimento que tramita sob sigilo. Além da representação, a defesa de Flávio diz que não vai mais permitir registros audiovisuais durante as manifestações do parlamentar durante os procedimentos judiciais. As informações são do site da Revista IstoÉ.

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