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#Mundo: Sementes misteriosas dão álibi para nova teoria da conspiração da ultradireita contra a China

Os questionamentos chegam até a se elas não estariam envenenadas | FOTO: Divulgação |

Ao abrir encomendas vindas da China, brasileiros de quatro estados se depararam com pequenos pacotes que não tinham pedido. Os saquinhos, com etiquetas em chinês, continham sementes. Como não tinham nada a ver com os pedidos que tinham feito, o conteúdo “misterioso” chamou a atenção.

Desde que vieram à tona, os saquinhos estão dando fôlego para uma nova teoria da conspiração da ultradireita contra a China. Os questionamentos chegam até a se elas não estariam envenenadas. Os ruralistas usam o caso para instaurar uma nova celeuma com o país asiático.

Segundo a revista Veja, o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) já espalhou um alerta por suas redes. No comunicado, ele diz que quem receber tais sementes deve procurar um dos órgãos ligados à produção rural no estado. E termina a mensagem dizendo: “Perigo, não abra, não manuseie, não plante essas sementes”.

Na semana passada, a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), emitiu nota sobre o assunto, alertando a população a não plantar e tratou as sementes como um “brinde perigoso”. O Ministério da Agricultura informou, em nota, que até o momento quatro casos foram registrados, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul (MS).

De acordo com a pasta, não é possível “apontar os riscos envolvidos”. O órgão informa que o material foi enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia para as análises técnicas. O ministério destaca que a entrada de sementes de fora precisa ser certificada, pois analisa, por exemplo, quais pragas podem ser introduzidas por aquele material.

Por sua vez, a Embaixada da China no Brasil informou que as etiquetas de endereço que estavam nas embalagens foram analisadas pelo China Post, o serviço de postagem daquele país. De acordo com a embaixada, elas “se revelaram falsas com layouts e informações errôneos”. As informações são da Revista Fórum.

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