Segundo a ‘Pnad Covid’, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mede o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, em maio, havia 10,1 milhões de pessoas desempregadas no país.
Já no fim de agosto, esse número saltou para 12,9 milhões. Por conta disso, o desemprego cresceu 27,6% no Brasil desde o início da pandemia e deixou 2,8 milhões de pessoas sem emprego entre maio e agosto desse ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (23) pelo IBGE.
O desemprego vem avançando de forma cada vez mais intensa nas últimas semanas, pois a flexibilização do isolamento social tem levado muitos brasileiros a retomar a busca por um novo trabalho. Na última semana de agosto, por exemplo, o IBGE chegou a constatar uma taxa de desemprego ainda maior que a média do mês.
Na ocasião, foram contabilizados 13,7 milhões de desempregados, o que levou para 14,3% a taxa de desocupação, um recorde na série histórica da Pnad Covid. Ainda de acordo com o IBGE, o desemprego é sentido com mais força pelas mulheres (16,2%), pelas pessoas de cor preta ou parda (15,4%) e pelos jovens de 14 a 29 anos de idade (23,3%).
Já em termos regionais, as maiores taxas de desemprego são as do Norte e do Nordeste: 15,7% e 14,2%, respectivamente. O Norte e o Nordeste, por sinal, também despontam como as regiões com as menores taxas de home office e com os maiores percentuais de recebimento dos auxílios emergenciais criados pelo governo na pandemia de covid-19 — o auxílio emergencial e o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda.
Segundo o IBGE, 43,9% dos domicílios brasileiros receberam algum desses benefícios em agosto, com um valor médio de R$ 901. No Norte, contudo, o volume de domicílios amparados pelos auxílios emergenciais chega a 60%. E, no Nordeste, a 59,1%. Jornal da Chapada com informações do Correio Braziliense.