Ex-advogado de Flávio e Jair Bolsonaro, Frederick Wassef virou réu em investigação da Lava Jato por desvios de dinheiro das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), entre dezembro de 2016 e maio de 2017, disfarçados de prestação de serviços advocatícios à Fecomércio/RJ. A juíza substituta da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Caroline Vieira Figueiredo, aceitou denúncia de peculato e lavagem de dinheiro proposta pelos investigadores.
Além de Wassef, foram denunciadas as advogadas Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, o ex-presidente do Sesc/RJ Orlando Diniz e o empresário Marcelo Cazzo. Em nota, Wassef diz que “estão criminalizando a advocacia no Brasil”, que nunca teve relação comercial com a Fecomércio e que nunca negociou com eles.
“A denúncia do Ministério Público Federal é inepta e não descreve qualquer conduta praticada por mim ou mesmo qualquer crime, tendo se limitado a narrar simplesmente pagamentos de honorários advocatícios por serviços devidamente prestados, inovando no Brasil, transformando o regular exercício da advocacia em crime, de forma irresponsável e sem medir as consequências de dano de imagem e reputação a minha pessoa. Nunca em minha vida respondi a qualquer processo ou fui investigado, sempre tive um nome limpo e sequer em 28 anos de advocacia tive uma única representação em meu desfavor perante a Ordem dos Advogados do Brasil”, escreveu Wassef em nota. Redação do site da Revista Fórum.