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#Brasil: Anvisa anuncia retomada de testes da vacina CoronaVac após suicídio de voluntário

Os testes haviam sido suspensos devido ao "evento adverso grave" | FOTO: Reprodução |

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quarta (11) que os testes da vacina chinesa CoronaVac, contra a Covid-19, serão retomados no Brasil. Os testes haviam sido suspensos na última segunda-feira (9), devido a um “evento adverso grave”. No entanto, no dia seguinte, um boletim de ocorrência obtido pela TV Globo indicou que a morte do voluntário foi um suicídio.

“A Anvisa informa que acaba de autorizar a retomada do estudo clínico relacionado à vacina Coronavac, que tem como patrocinador o Instituto Butantan”, disse a agência em nota. O caso que levou à interrupção da vacina trata-se da morte de um voluntário dos estudos que, para a Polícia Civil de São Paulo, cometeu suicídio. De acordo com informações, a Anvisa seguiu orientação do Comitê Internacional Independente que analisava o caso. Segundo nota, a agência informa ter subsídios suficientes para retomar a vacinação ainda em testes com voluntários.

“Importante esclarecer que uma suspensão não significa necessariamente que o produto sob investigação não tenha qualidade, segurança ou eficácia. A suspensão e retomada de estudos clínicos são eventos comuns em pesquisa clínica e todos os estudos destinados a registro de medicamentos que estão autorizados no país são avaliados previamente pela Anvisa com o objetivo de preservar a segurança para os voluntários do estudo”, informou.

A suspensão provocou um mal-estar entre a agência federal e o governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), adversário político do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo com informações incompletas sobre o caso, Bolsonaro atribuiu à vacina chinesa “morte, invalidez e anomalias” e disse que ganhou de Doria “mais uma vez”, em comentário nas redes sociais.

O governo Doria diz ser “impossível” que haja relação da morte com o imunizante, mas o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirma que está análise deve partir apenas do Comitê Internacional Independente. A suspensão dos testes impedia novas aplicações da vacina, mas não interfere no monitoramento de voluntários que já receberam doses do imunizante nem na fabricação do produto. Com informações do Estadão, IstoÉ e Folha.

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