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#Chapada: Hospital Regional em Seabra é uma das unidades que podem ter superlotação para doentes com covid-19

O Hospital Regional da Chapada fica no município de Seabra | FOTO: Reprodução/Pauta Livre |

Hospitais localizados no interior baiano atingiram ou estão beirando os 100% de ocupação para doentes com covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Em Seabra, o Hospital Regional da Chapada atingiu 80% e chegou a ter superlotação na última segunda-feira (24). As cidades de Feira de Santana, Irecê, Juazeiro, Remanso e Itabuna também estão com poucas ou sem vagas disponíveis para doentes em estado grave.

“Como deve ser do conhecimento de todos, várias cidades do Brasil podem estar vivenciando a segunda onda de covid-19, cenário que já está acontecendo no mundo. Vale salientar também que continuamos com dificuldades na aquisição de medicamentos importantes para a assistência hospitalar”, diz o ofício da prefeitura municipal de Irecê, assinado pela secretária de Saúde Dulce Duarte e o diretor médico Reinaldo Cecílio.

No boletim da Sesab, até às 14h da segunda, já consta que a ocupação baixou para 90%. Além de Seabra, outras cidades do interior do estado baiano vivenciaram no mês de outubro e início de novembro a realização da campanha eleitoral, que contou com aglomerações e imagens de desrespeitos às medidas de segurança.

No dia 18 de outubro, em Araci, no centro-leste baiano, mesma região de Feira de Santana, o candidato a prefeito derrotado Edivaldinho de Nenca (Podemos) publicou vídeos e fotos em suas próprias redes sociais de uma passeata onde é possível ver centenas de pessoas aglomeradas e sem máscaras.

Para Robson Reis, médico infectologista e professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, não há dúvidas de que o período eleitoral tem relação com esse aumento de ocupação nos leitos de UTI.

“Nesses eventos, as pessoas não usavam a máscara, não higienizavam as mãos e compartilhavam objetos. Foram várias situações de desrespeito, inclusive na comemoração dos resultados, o que é terrível. Basta uma pessoa contaminada para outras pegarem. Uma rede de transmissão da doença pode ser criada através de um evento como esse”, explica.

Já Matheus Todt, infectologista da S.O.S. Vida, afirma que o impacto das eleições no sistema de saúde continuará sendo sentido nos próximos dias, o que torna o cenário preocupante. “Isso vai ficar mais claro no final do segundo turno. Com o aumento de internação no interior, há o perigo desses casos graves começaram a ser enviado em massa para a capital, no chamado efeito bumerangue. E não tem outra saída: para lidar com esse problema, o isolamento social é a medida mais eficaz, até então”, afirma.

A matéria completa pode ser conferida aqui…

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