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#Artigo: V. I. D. A.

Resta-nos a fé | FOTO: Divulgação |

*Por Joy de Utinga

Velhice, infância, D? e adolescência. N’outra ordem, infância, adolescência, D? e velhice.
Nesse misterioso processo, simbolizado graficamente por um curtíssimo vocábulo ou sigla, a demonstração de quão ínfima também é a efetividade da vida.

Da ingenuidade dos sonhos infantis, passando pela rebeldia da adolescência até chegar à velhice, que de fato, sem que percebamos, começa ali pelos 35 anos, (os atletas que o digam), sobram pouco mais de uma década de absoluta efervescência, vigor físico, robustez e delírios.

Isso mesmo, devaneios, dispersões e disputas, todas elas, irracionais e inconsequentes. Só a partir dos 40, quando todo o corpo começa a não mais obedecer aos ditames do cérebro, quando os olhos exigem lentes/óculos e quando os pulmões expressam cansaço a esforços antes imperceptíveis, os humanos mais racionais começam a perceber quanto somos frágeis, insignificantes, Delirantes e, por que, não dizer, estúpidos!

Durante esse curto lapso temporal em que simples mortais esnobam e rejeitam veementemente a sabedoria do aprendizado, pelo exemplo alheio, vemos meros homens idolatrados até sob títulos de Deuses (Elvis, Maradonas, dentre outros) e mulheres ‘Damas de ferro’ (Margaret Thatcher), por exemplo, que se vão e, inexoravelmente, se foram! Tradições, crenças estudos, ciência…

Nada, absolutamente nada consegue explicar objetiva e concretamente o mistério. Resta-nos a fé. Uma unidade monossilábica é o que sobra para nos fortalecer em momentos extremamente difíceis e inexplicáveis. Que nunca nos falte fé!

*Joy de Utinga é natural do povoado de Amparo (Zuca), que é dividido entre os municípios de Ruy Barbosa e Boa Vista do Tupim. Ele é casado, técnico em contabilidade, graduado em Administração, ex-servidor concursado do Ministério da Saúde e Baneb, aposentado pelo Banco do Brasil e prefeito de Utinga.

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