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#Chapada: Família de ‘Dona Linda’ segue com campanha na internet para reformar a residência dela no Vale do Pati

Uma ‘vakinha’ está ativa na internet para arrecadar R$ 18 mil para a reforma da casa de ‘Dona Linda' | FOTO: Reprodução |

Com o turismo estancado em decorrência da pandemia de covid-19, a família de ‘Dona Linda’, que mora no Vale do Pati, no coração da Chapada Diamantina, continua pedindo ajuda para a reforma da casa que já não consegue mais ser sustentada por troncos escorados para a manter em pé. O local é a moradia de uma das únicas famílias remanescentes da região patizeira.

Nesta mesma casa, funciona a hospedagem da ‘Casa da Mãe’, onde ‘Dona Linda’ recebe os trilheiros para passar a noite, oferecendo além do conforto, refeições e a excelente companhia. Ela nasceu e foi criada no Vale do Pati. No final do mês de janeiro, a nora de ‘Dona Linda’, Thays Medeiros, lançou uma campanha para que colaboradores pudessem ajudar a melhorar a situação de moradia (lembre aqui).

A previsão de reabertura do Vale do Pati ao turismo é dia 15 de março, de acordo com a decisão em parceria, dos municípios de Andaraí e Mucugê, junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), após visitação de autoridades sanitárias. Isso acontece para atender aos protocolos e medidas necessárias para a segurança de todos (veja aqui). Cenas do segundo episódio do documentário ‘Resto de Mundo’, produzido por ‘Cinema Invisível’, no qual ‘Dona Linda’ é protagonista, mostram a fé da idosa que diz nunca ter desejado sair daquele lugar.

“Passei a vida toda pedindo a Deus que nunca saísse daqui. E ‘Ele’ me deu comportamento para ter a minha casa até hoje no mesmo lugar. Aqui estão todos os meus parentes e quero viver aqui até o fim da vida”, diz Linda, que se lembra da fala do seu avô enquanto passava seus ensinamentos. “Ele [o avô] dizia que um dia iria chegar o tempo do ‘quetaí’. Quando perguntava a ele o que era esse tempo, meu avô respondia que a gente iria saber. Eu acho é que o tempo do ‘quetaí’ é agora, pois não posso mais sair de casa. É isso, nem mais nem menos”, conclui.

A nora Thays Medeiros diz que a família “precisa contar com a compaixão, empatia e solidariedade para reconstruir a casa, reestruturar nossas acomodações e voltar a viver com dignidade como merecemos. Vamos fazer uma corrente do bem em prol de ‘Dona Linda’, em especial, que já acolheu e ajudou tanta gente”. Uma ‘vakinha’ está ativa na internet para arrecadar R$ 18 mil para a reforma da casa de ‘Dona Linda’. Os interessados podem contribuir através do link da plataforma. “Família linda. Poesia e alegria sempre. Cheia de amor e gratidão. Acolhe e compartilha com extrema compaixão”, comenta uma turista colaboradora.

Jornal da Chapada

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