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#Brasil: “Igual fez Singapura”, diz o apresentador ‘Ratinho’ ao defender golpe militar em seu programa de rádio

O apresentador deve 76,4 milhões de reais à União | FOTO: Divulgação |

O apresentador Ratinho, usado pelo presidente Jair Bolsonaro como garoto propaganda em mais de uma oportunidade, disse em seu programa de rádio na Massa FM nesta quarta-feira (17) ser favorável a uma “limpeza” que nem ocorreu em Singapura após golpe militar. Ele também defendeu medidas higienistas contra moradores de rua.

“Eu sei que o que vou falar aqui pode até chocar, mas está na hora de fazer igual fez em Singapura. Entrou um general, consertou o país e, um ano depois, fez eleições. Mas primeiro concertou, chamou todos denunciados e disse: ‘vocês têm 24 horas para deixar o país ou serão fuzilados’. Limpou Singapura”, afirmou o apresentador, segundo informações do Uol.

Ratinho se referia à chegada de Lee Kuan Yew ao poder no país asiático, mas reverberou uma tese comum entre os defensores da ditadura militar ao dizer que os fardados dariam um golpe para “arrumar” o país e depois convocariam eleições. Essa afirmação foi a mesma dos pró-golpe em 1964 e, no fim das contas, não houve eleição presidencial em 1965.

Para além de pregar um golpe – feita no mesmo dia em que o deputado Daniel Silveira foi preso por defender o AI-5 -, Ratinho ainda exaltou a adoção de medidas higienistas, como fez Rudolph Giuliani em Nova York.

“Ele pesquisou do que o povo tinha medo e era dos mendigos batendo nas portas. Ele limpou os mendigos da cidade. Do que as pessoas tinham medo? Morador de rua. Ele tirou todos os moradores de rua e deu um lugar para os caras se virarem. Ele limpou tudo e a imprensa ficou a favor dele. Aqui, se mexer com morador de rua, a imprensa cai em cima do político. Ele começou nos pequenos e chegou no maior”, declarou.

Garoto-propaganda
No primeiro ano de mandato, Bolsonaro contratou vários apresentadores para defender a Reforma em seus programas. Além de Ratinho, Luciana Gimenez, Rodrigo Faro, Milton Neves, Ana Hickmann e José Luiz Datena passaram a fazer propaganda do projeto. No entanto, o maior beneficiado foi Ratinho, que sozinho recebeu R$915 mil para bajular a Reforma do governo.

Dentro do pacote constavam entrevistas com Jair Bolsonaro, seu filho, Eduardo, além do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. No natal de 2020, Ratinho foi pescar com Bolsonaro. O apresentador deve 76,4 milhões de reais à União. Redação do site da Revista Fórum com informações do Uol.

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