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#Chapada: Casas são derrubadas pela prefeitura de Mucugê e cenas indignam moradores; veja os vídeos

Os moradores afirmam estar indignados e apontam que se tratam de perseguição política | FOTO: Montagem do JC |

Ao menos sete vídeos foram enviados ao Jornal da Chapada na tarde desta terça-feira (2) mostrando momentos em que casas são derrubadas no município de Mucugê, na Chapada Diamantina. De acordo com informações dos moradores, a ação é da prefeita Ana Medrado (DEM), a popular ‘Dona Ana’. Os moradores afirmam estar indignados e apontam que se tratam de perseguição política. São casas construídas que foram destelhadas e derrubadas por ação de retroescavadeiras com apoio de funcionários da prefeitura, segundo os relatos dos moradores.

“Está derrubando tudo, é a senhora prefeita Ana Medrado. É uma pena, o que eu suei aqui e está perdido”, lamenta um morador. Uma outra moradora com a voz embargada se revolta com a ação e alega que não havia ordem judicial e que se trata de perseguição política. “A gente não tem onde morar, nunca tivemos onde morar. A gente nunca conseguiu um terreno na prefeitura. No dia que a gente pega o terreno, porque a prefeitura nunca deu. Agora que nossas casas já estão levantadas, olha o que a prefeita mandou fazer”, disse a moradora da região em vídeo onde casa é derrubada.

“Ela fez porque ela quis, não tem mandado judicial, está fazendo por pura perseguição política. Mucugê nunca aconteceu isso. Ela está destruindo o sonho de muita gente”, completa a moradora ao se referir à prefeita ‘Dona Ana’. Em contato com o Jornal da Chapada, ‘Dona Ana’ revela que a área onde haviam construções é de preservação ambiental. Ela aponta que a ação foi realizada dentro das normas e que as pessoas já haviam sido notificadas pelas irregularidades.

“Ali é área de preservação ambiental, não pode ter construção e edificações. Invadiram e só tem pessoas que têm até três terrenos e têm casa própria. Foi conversado com as autoridades e não podíamos deixar. Cometeram crime ambiental nas duas entradas da cidade, uma delas é área tombada pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]”, disse a gestora.

Vale ressaltar que diferentemente das Áreas de Proteção Ambiental (APA), as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são áreas intocáveis, onde não é permitido construir, cultivar ou explorar economicamente. Os limites das APPs são rigidamente definidos e monitorados pelos órgãos ambientais pois se tratam de locais frágeis. Os desmatamentos ilegais nas APPs causam erosões e deslizamentos, além de prejudicar nascentes, fauna, flora e biodiversidade dessas áreas.

Jornal da Chapada

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