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#Brasil: Estudo aponta que variantes da covid podem adquirir resistência por conta da disseminação em larga escala

As mutações da SARS-CoV2 estão em processo de evolução e adaptação | FOTO: Itamar Crispim/Fiocruz |

Na última segunda-feira (22) foi divulgado um estudo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontando que a mutação do coronavirus se deu por conta da que a disseminação sem controle da Sars-CoV-2 no Brasil. Segundo informações contidas na pesquisa, foram identificados 11 sequências de mutações do vírus na Bahia e em outros quatro estados Amazonas, Maranhão, Paraná e Rondônia. De acordo com o estudo, diante do cenário de aumento de pessoas com anticorpos, as mutações naturais da Sars-CoV-2 estão processo de evolução e adaptação.

O estudo foi publicado na revista especializada Medrxiv e identifica que as linhagens Sars-CoV-2 circulado no Brasil possuem mutações preocupantes no RBD [domínio de ligação ao receptor], e que a sua forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD [domínio do terminal amino] da proteína S são preocupantes. Tais descobertas, sinalizam que a transmissão em larga escala do Sars-CoV2 está sendo responsável por gerar linhagens mais resistentes do que as variantes parentais.

Ao todo, 31 pesquisadores assinaram o artigo, sobre o levantamento da Rede de Vigilância Genômica Covid-19 da Fiocruz que foram colhidas entre 12 de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. Gabriel Wallau, pesquisador da Fiocruz Pernambuco, fomentou a importância de se conter a disseminação do vírus no Brasil.

“Se você permite que o vírus circule livremente, ele tem mais chance de mutar e acumular alterações ao longo do tempo. Além das variantes –que não surgiram só no Brasil–, o grande problema aqui é que temos uma situação de pandemia descontrolada e um cenário de sobrecarga do sistema de saúde”. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícia.

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