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#Vídeos: Bolsonaro é alvo de panelaços em Salvador por discurso carregado de mentiras sobre a pandemia

O presidente Jair Bolsonaro | FOTO: Marcelo Camargo/EBC |

Bairros de Salvador registraram panelaços na noite da última terça-feira (23) durante o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no rádio e na TV. O motivo da manifestação é a falta de medidas do governo federal para combater a pandemia do novo coronavírus. As manifestações foram ouvidas nos bairros do Caminho das Árvores, Rio Vermelho, Barra, Jardim Armação, Federação, Pituba, Imbuí, Barris, Graça, Itaigara e Baixa de Quintas. Em alguns bairros, os moradores gritavam “Fora, Bolsonaro”.

No pronunciamento, o presidente falou sobre medidas para a campanha de vacinação contra a covid-19. O Brasil registrou nesta terça-feira (23) pela primeira vez mais de 3 mil mortos pela doença em 24 horas. O anúncio do pronunciamento foi feito na tarde desta terça-feira e em seguida, a população se mobilizou através de redes sociais e aplicativos de mensagens para organizar o ato.

De acordo com análise, Bolsonaro proferiu uma série de mentiras em seu pronunciamento em rede nacional. O presidente chegou a afirmar que seu governo é “incansável na luta contra o coronavírus” e que “nunca deixou de tomar medidas” para combater a pandemia. A fala foi feita justamente no dia em que o país bateu novo recorde e registrou 3.251 novos óbitos por covid-19 em 24 horas.

Pressionado e cada vez mais isolado, Bolsonaro mudou seu discurso e saiu em defesa das vacinas, citando contratos para aquisição dos imunizantes. “Em dezembro, liberamos mais 20 bilhões de reais, o que possibilitou a aquisição da Coronavac, através do acordo com o Instituto Butantan. Sempre afirmei que adotaríamos qualquer vacina, desde que aprovada pela Anvisa. E assim foi feito”, disse.

A informação de que compraria qualquer vacina, no entanto, é mentirosa. No ano passado, o presidente afirmou que não compraria a CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan e parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e chegou a desautorizar um contrato de compra das doses feita pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Com redação do G1 e da Revista Fórum.

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