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#Bahia: Comandante da PM nega paralisação de policiais por causa da morte de soldado: “PM é bem maior que isso”

Comandante afirmou que grupo não representa a instituição | FOTO: Alberto Maraux/SSP-BA |

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (29), o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Paulo Coutinho, negou possível paralisação dos policiais militares após a morte do soldado Wesley Soares Goés, lotado na 72ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) de Itacaré, no sul da Bahia. Wesley foi abatido após surtar e atirar contra os policiais no Farol da Barra no último domingo (28).

“Temos que deixar bem claro que a PM é bem maior do que isso. Estamos com o alto comando da corporação em funcionamento para servir e proteger o cidadão. Qualquer manifestação de ordem política não cabe nesse momento”, afirmou o comandante-geral. Ainda durante a sua fala, o comandante diz que o grupo não representa a instituição: “Eu entendo que isso é um segmento que não representa a instituição”, citou.

“Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas, porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade e em determinado momento todos os recursos de isolamento e proteção foram esgotados”, pontuou.

O comandante informou que será aberto um processo investigativo para averiguar o caso. “Ocorrências críticas possuem muitas motivações e só podem ser esclarecidas após a abertura do processo investigativo. Mas ali foi um típico caso de um indivíduo que estava passando por um transtorno mental e estava desconectado da realidade. As imagens falam por si só”, disse.

Coutinho ainda negou especulações de que o policial era perseguido no batalhão em que ele era lotado. “Não procede esse tipo de comentário”, disse. Além disso, pontuou que “a referência é que ela era um excelente policial militar”.

Motivo do “surto psicológico”
Os familiares do soldado ainda não possuem suspeita do motivo do “surto psicológico”, de acordo com Paulo Coutinho. “Todos nós estamos surpresos e atônitos”, afirmou. O soldado Góes foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), após ser atingido por outros policiais, mas veio a óbito. Anteriormente, o soldado efetuou disparos contra os próprios colegas.

O oficial disse ainda que um helicóptero trouxe uma irmã do policial para contribuir na negociação. “Isso foi uma preocupação minha. Uma das alternativas do processo negociativo. Às vezes, a gente consegue demover o provocador através de pessoas que são mais próximas. Tinha uma irmã q morava com ele e nós facilitamos através da aeronave”, descreveu. O comandante voltou a falar que o discurso do policial era desconexo. “O estado mental dele não estava perfeito”, disse.

“Eu reitero mais uma vez o nosso compromisso como instituição à família que tenha força pra enfrentar esse momento tão difícil da perda de um ente querido”, lamentou o comandante. “Trabalhava em Itacaré, assumiu serviço ontem de manhã em Itacaré e dirigiu-se ao Farol da Barra, armado pra fazer aquela situação, que nós nos envolvemos como ocorrência crítica, no veículo dele próprio”, ressaltou Coutinho. Jornal da Chapada com informações do Bahia Notícias.

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