Ícone do site Jornal da Chapada

Escola Livre Audiovisual da Chapada Diamantina encerra suas atividades com ‘live’ de exibição das produções

Os alunos do projeto produziram de 70 obras audiovisuais | FOTO: Divulgação/ELA |

Chegou ao final as atividades da primeira turma do projeto Escola Livre Audiovisual (ELA) da Chapada Diamantina. O encerramento das aulas contou com um encontro virtual, o ‘Simpósio ELA’, entre os dias 6 e 9 de abril, onde foram exibidas 70 obras audiovisuais desenvolvidas por 95 alunos, com a participação de professores e profissionais do mercado audiovisual. O encerramento oficial acontecerá na próxima quinta-feira (15) às 20h com ‘live’ de celebração, formatura da turma e exibição do longa “Longe do Paraíso”, de Orlando Senna. Os filmes dos alunos serão publicados nas redes sociais do ELA e no canal do YouTube da TV Uneb – Seabra.
 
Esse projeto qualificou os conteúdos audiovisuais produzidos por mulheres, jovens, educadores e mobilizadores culturais da região da Chapada Diamantina. A primeira turma do ELA começou as aulas em fevereiro e, ao todo, foram realizadas 23 aulas, com a participação de 14 facilitadores e seis rodas de debate.

“O material produzido supera as nossas expectativas, refletindo em uma formação de qualidade com o uso das novas ferramentas mesmo no contexto de pandemia. Estamos muito felizes com o resultado, entendemos que isso é apenas o começo, esperamos novos atores e atrizes para a cena cultural e política como uma potência agora no audiovisual”, pontuou Gislene Moreira, coordenadora política e pedagógica da ELA.
 
O curso foi composto por uma turma diversificada, enquanto alguns estavam buscando por aperfeiçoamento, outros iniciaram as aulas sem nenhum conhecimento na área. Em depoimento, a aluna Adailza Souza de 29 anos, dona de casa, mãe de três filhos e liderança comunitária na comunidade de Várzea do Cerco, em Mulungu do Morro, relatou a sua experiência no ELA.

“Não tinha noção de luz, posições da câmera para uma foto, aplicativos para edição e com o curso da ELA tive a oportunidade de aprender tudo isso”, declara Adailza. As comunidades indígenas também foram agregadas ao projeto, o que possibilitou que a aposentada, residente da cabeceira do Rio Utinga, Edilene Payayá, de 66 anos, abordar o audiovisuais como ferramenta de empoderamento e resistência.

“Um território que eu enxergo com um futuro promissor índios com suas casas, água potável, com energia, porque não? pra gente ter acesso a internet pra poder conectar com o mundo, com outras etnias”. A ELA teve como apoio financeiro o Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia, via Lei Aldir Blanc. Todas as aulas do curso estão disponíveis gratuitamente no site ou no canal da TV Uneb – Seabra no YouTube.
 
Jornal da Chapada
 

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas