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#Chapada: Dirigente da Educação de Morro do Chapéu diz que decreto sobre retorno às aulas causou desgastes

A dirigente disse que o decreto provocou um desgaste em municípios que não têm como retornar às aulas | FOTO: Reprodução |

A dirigente municipal de Educação (DME) de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, afirmou em uma transmissão virtual, realizada na última terça-feira (20), que o decreto publicado pelo governo estadual gerou diversos desgastes em municípios que, na sua maioria, não têm a viabilidade para retornar as aulas em o modelo semipresencial ou hibrido no cenário atual.

O decreto autorizou a retomada das atividades do calendário letivo de forma semipresencial para escolas públicas e particulares em apenas 19 municípios da Bahia, dentre eles Morro do Chapéu. A administradora da pasta, Flavia Oliveira, esteve presente em uma ‘live’ conjunta com a União de Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e União Nacional dos Conselheiros Municipais de Educação (Uncme) para dialogar sobre as medidas adotadas para retomar essas aulas.

A respeito da publicação do decreto, a dirigente declarou que inicialmente achou ser que se tratava de uma notícia falsa. “Recebemos a notícia da publicação, depois olhamos que não era fake news. Era uma verdade que foi publicada sem nenhuma reunião anterior, sem comunicado aos dirigentes citados. Não estávamos preparados para dialogar com os nossos professores e alunos sobre o novo decreto”, destaca Flávia.

Segundo a dirigente, retornar ao semipresencial ou híbrido requer um comprometimento além dos que foram mencionados no decreto. Seria necessário pensar em imunização, realizar a capacitação dos profissionais da educação e conscientizar os alunos e pais sobre as medidas que precisam ser adotadas no cenário atual.

“Para o retorno precisamos pensar também em cada realidade. Nossa Rede é formada também por muitos alunos transportados. As novas estruturas também devem pensar no transporte escolar, na alimentação e tudo que envolve a comunidade escolar”, salienta Flávia, que continua dizendo que “retorno às aulas deve ser uma decisão responsável, pensando sempre no compromisso da Educação, na segurança dos espaços escolares e no extremo cuidado com a vida dos estudantes, dos profissionais da educação, dos familiares e da nossa comunidade”.

Até o momento, a retomada das aulas não é obrigatória, cada cidade ou instituição poderá definir se retornará às aulas, assim como será o esquema para as atividades. Os critérios adotados pelo governo para a retomada é de que a taxa de ocupação de leitos UTI do município, esteja em um percentual igual ou menor a 75%, por no mínimo cinco dias consecutivos, a instituição deve respeitar a ocupação máxima de 50% da capacidade da sala de aula, além de que os professore e alunos devem respeitar os protocolos de sanitários.

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