Um ataque israelense realizado neste sábado (15) derrubou um prédio de 12 andares na Faixa de Gaza que abrigava os escritórios da Associated Press (AP), dos Estados Unidos, e da emissora Al Jazeera, do Catar. Um jornalista palestino ficou ferido no ataque.
O proprietário do edifício, Jawadi Mehdi, revelou que um oficial da inteligência israelense o avisou antes do ataque e que ele tinha uma hora para evacuar o prédio. Medi pediu 10 minutos para que os jornalistas pudessem pegar os seus equipamentos, mas não houve acordo.
Como justificativa para o ataque, o Exército Israelense declarou que equipamentos militares do Hamas estavam na torre atingida por seus caças.
A rede de televisão Al Jazeera, por meio de suas redes, confirmou que seus escritórios ficavam no prédio e acusou o governo israelense de querer silenciar a imprensa.
⭕ LIVE footage of the moment an Israeli air raid bombed the offices of Al Jazeera and The Associated Press in Gaza City ⬇️
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— Al Jazeera English (@AJEnglish) May 15, 2021
“É claro que foi decidido não apenas causar destruição e mortes, mas também silenciar aqueles que são testemunhas”, declarou à AFP Walid Al-Omari, chefe do escritório da Al Jazeera em Israel e nos territórios Palestinos.
O diretor geral interino da Al JAzeera, Mostefa Souag, afirmou que o ataque é “bárbaro” e que o “objetivo deste crime hediondo é silenciar a mídia e ocultar a carnificina e o sofrimento do povo de Gaza”. A redação é da Revista Fórum.
“The destruction of Al Jazeera offices and that of other media organizations in al-Jalaa tower in Gaza is a blatant violation of human rights and is internationally considered a war crime"
– Dr Mostefa Souag, acting director general of Al Jazeera Media ⬇️ https://t.co/LNgLo8f58P
— Al Jazeera English (@AJEnglish) May 15, 2021