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#Chapada: Radialista morre por complicações da covid-19 em Irecê; veja levantamento de jornalistas mortos pela doença

O comunicólogo deixa esposa e quatro filhos | FOTO: Divulgação |

O radialista Carlos Luiz, de 44 anos, morreu de covid-19 na última quarta-feira (19), no Hospital Regional de Irecê, na Chapada Velha, onde estava internado. A diretoria Regional do Sinterp-BA em Irecê, através de nota, lamentou o falecimento do radialista.

“É com imensa tristeza que manifestamos nossos votos de solidariedade à família de Carlos Luiz, uma pessoa simples, carismática e apaixonado pela profissão de radialista”, diz a nota do sindicato.

Carlos Luiz comandava diariamente um programa na Rádio Xique-Xique FM, levando música, alegria e interagindo com os seus ouvintes. Os colegas de trabalho e ouvintes também lamentaram a irreparável perda. Ele deixa a esposa e quatro filhos.

No mês, um em cada três profissionais mortos no mundo estava no país | FOTO: Reprodução |

Jornalistas mortos por covid-19 no Brasil
A covid-19 mata, em média, um jornalista por dia no Brasil, de acordo com levantamento realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Entre janeiro e abril de 2021, a categoria assistiu à perda de 124 colegas para a doença, uma média de 31 por mês, representando uma alta da média verificada em 2020, que foi de 8,3 óbitos/mês.

No total, já são 213 profissionais mortos. Os números fazem parte do “Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19”, documento elaborado pela Fenaj com a ajuda dos sindicatos de todo o país. Até março de 2021, o Brasil ficou na primeira posição no mundo em mortes de jornalistas pelos efeitos do coronavírus.

No mês, um em cada três profissionais mortos no mundo estava no país. Foi superado a partir de abril pela Índia, nação com uma população 6,6 vezes maior que a brasileira. A Informação está em um levantamento feito pela ONG Press Emblem Campaign, entidade com sede em Genebra (Suíça), que tem acompanhado os casos de Covid-19 no segmento da imprensa em todo o mundo.

Até março de 2021, o Brasil ficou na primeira posição no mundo em mortes de jornalistas pelos efeitos do coronavírus | FOTO: Reprodução |

Na Bahia
Na Bahia, levantamento do Sinjorba, entidade da classe do Estado, mostra que mais de 350 profissionais contraíram a doença, com o registro de oito mortes. O presidente da entidade, Moacy Neves, acredita que os dados ainda não mostram a situação real.

“A pesquisa está em andamento, inclusive coletando e apurando dados anteriores e todos os dias incluímos novas informações ao dossiê”, informa, por meio de nota de assessoria.

No 1º trimestre de 2020 foram registrados 194 desligamentos por morte de profissionais no setor de Informação e Comunicação, segundo estudo publicado este mês pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em comparação aos números do 1º trimestre de 2021, verifica-se que as mortes saltaram para 435, um crescimento de 124,2%.

Ainda conforme a pesquisa, a tabela “Número de Desligamentos por Morte no Emprego Celetista – 1º trimestre de 2020 a 1º trimestre de 2021 – Brasil” mostra que só os campos “médicos” e trabalhadores do ramo de “eletricidade/gás” registraram mais desligamentos por morte que o setor de “Informação/Comunicação”.

“Olhando o que aconteceu no Brasil neste intervalo de um ano entre o fechamento do 1º trimestre de 2020 e o 1º trimestre de 2021 podemos afirmar que o único motivo que justifica tamanho avanço é a Covid-19”, destaca o presidente do Sinjorba.

“Quando a segunda onda chegou no início do ano, apanhou a categoria desprotegida, cumprindo pautas nas ruas ou em redações e estúdios fechados”, conclui ele.

Audiência
Nesta quinta-feira (20) o Sinjorba ficou de ter uma audiência online com o GT Coronavírus do Ministério Púbico da Bahia (MP-BA), após o órgão questionar a decisão da Comissão Intergestores Bipartite que na terça-feira (18) aprovou a inclusão dos jornalistas/radialistas da linha de frente nas prioridades do plano de imunização.

“Pedimos este encontro com o MPE para explicar os números que justificaram o pleito de prioridade feito pelo Sinjorba aos gestores de saúde na Bahia”, diz Moacy. Ele explica que o pedido foi feito no estado porque o governo federal não respondeu ao ofício que a entidade protocolou em março passado. Jornal da Chapada com informações Página Revista e Irecê Repórter.

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