O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar, nesta quarta-feira (9), vacinas contra a covid-19 e difundiu desinformação ao afirmar, incorretamente, que os imunizantes estão em fase experimental. “[Remédios do chamado tratamento precoce] não têm comprovação científica. E eu pergunto: a vacina tem comprovação científica ou está em estado experimental ainda? Está [em estado] experimental”, disse.
A fala do presidente é falsa porque as vacinas contra a covid-19 não estão em estado experimental. No Brasil, diferentes imunizantes receberam o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), tendo passado por análises de segurança, qualidade e eficácia. Mesmo as vacinas que receberam luz verde para aplicação emergencial passaram por esse tipo de avaliação.
Para uma vacina ser aprovada no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) analisa, entre outras informações, dados de como ela é produzida, como foram feitos os estudos que chegaram à conclusão de segurança e eficácia, como ocorre o controle de qualidade e como será o monitoramento após a liberação para a população.
O produto entra na campanha de imunização do país apenas após o aval do órgão regulador. O registro de um imunizante ocorre quando há estudos completos sobre a vacina. Já o uso emergencial abre espaço para vacinas que já tenham dados de segurança e eficácia, mas que ainda podem ter estudos a serem concluídos.
Com o aval emergencial, o uso fica limitado preferencialmente a campanhas públicas e ao período de pandemia. Já o registro dura mais tempo e permite também que as vacinas possam ser comercializadas na rede privada. A redação é do site Política Livre.