A ‘CPI do Genocídio’ aprovou a convocação do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, para depor na comissão. Ele foi autor de um ‘estudo paralelo’ mentiroso citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para minimizar a pandemia do coronavírus.
Os senadores também aprovaram, nesta quinta-feira (10), a quebra de sigilo telefônico dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). O relatório de Costa Silva foi citado na segunda-feira (7) por Bolsonaro. O tal estudo, feito em nome do TCU, mostraria que o número total de mortes por covid-19 no país – que se aproxima dos 500 mil – seria, na verdade, a metade do que vem sendo divulgado.
Horas após a declaração, no entanto, o próprio TCU usou seus canais oficiais para desmentir Bolsonaro. “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje”, diz a nota do órgão.
O auditor então foi afastado por 60 dias de suas funções pela presidente do tribunal, ministra Ana Arraes. No lugar dele vai assumir Fábio Mafra. Além de Pazuello e Araújo, outras 17 pessoas também serão alvos da quebra de sigilo telefônico. Entre elas, estão o ex-assessor especial da Presidência Filipe Martins e a secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como Capitã Cloroquina.
A CPI também aprovou o pedido de quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de três empresas que prestam serviços para a Secretária de Comunicação Social do Ministério de Comunicações (Secom): PPR – Profissionais de Publicidade Reunidos LTDA, Calya/Y2 Propaganda e Marketing LTDA e Artplan Comunicação S.A., além da Associação Dignidade Médica de Pernambuco. A redação é do site da Revista Fórum.