Um jornalista de 60 anos foi agredido por cerca de 10 pessoas enquanto filmava uma “guerra de espadas”, em Cruz das Almas, cidade que fica no recôncavo baiano. A vítima, identificada como Orlando Oliveira Silva, fez a denúncia através das redes sociais.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), o caso aconteceu na quinta-feira (24), no bairro Ana Lúcia. O material que era feito por Orlando Oliveira Silva na ocasião seria usado em uma matéria jornalística sobre as espadas e suas contradições, com as diversas opiniões favoráveis e contrárias.
De acordo com o Sinjorba, o profissional foi perseguido e derrubado, sendo atingido por diversos socos e pontapés, que causaram escoriações nos braços, costas e rosto. O celular que ele tentou fazer as filmagens foi destruído.
“O que motivou estas pessoas a cometerem este ato covarde e desproporcional foi o registro fotográfico e de vídeo que eu queria fazer sobre a queima de espadas que estava ocorrendo na porta da residência de um empresário”, disse o jornalista nas redes sociais.
Orlando conta que a agressão partiu de um empresário e de parentes dele, que estavam em casa. Segundo o jornalista, a queima de espadas ocorria na rua em frente à casa do suspeito e, quando ele percebeu o registro da atividade, iniciou os xingamentos e a agressão.
A vítima, que também mora no bairro, chegou a correr para fugir, mas foi alcançado antes de chegar em casa. O jornalista contou que uma vizinha, ao ver as agressões, usou uma moto para apartar a situação, permitindo que ele pudesse se levantar e pedir socorro aos parentes, que na confusão também teriam sido agredidos.
“Agradeço a uma moradora do bairro, que viu o ocorrido e com sua moto conseguiu apartar por um momento, o que deu tempo para me desvencilhar deles, chegar em casa e pedir socorro aos meus familiares, os quais, tentando me proteger, também foram agredidos, inclusive um menor de idade”, disse Orlando Oliveira nas redes sociais.
O jornalista informou que fez o exame de corpo de delito nesta segunda-feira (28) e disse que vai tomar as providências policiais e jurídicas cabíveis para exigir reparação pelas agressões e prejuízos sofridos.
A Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado na Delegacia Territorial (DT) de Cruz das Almas e vai ser investigado.
Em nota, o Sinjorba afirmou que entrou em contato com Orlando no domingo (27) e ouviu o relato dos fatos. A entidade se solidarizou com a vítima e seus familiares agredidos, oferecendo apoio ao profissional.
O sindicato também garantiu que vai acompanhar de perto o caso e exigirá das autoridades uma investigação séria e da Justiça, uma punição exemplar aos agressores. A redação é do portal G1.