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#CasoAtakarejo: Suspeitos de tráfico e seguranças de supermercado são indiciados por homicídio qualificado no caso de tio e sobrinho mortos em Salvador

Bruno Barros e Yan Barros, foram encontrados mortos no dia 26 de abril | FOTO: Montagem JC/Polícia Civil |

Com inquérito concluído nesta terça-feira (6) sobre o caso do tio e sobrinho assassinados após suspeita de furtarem carne no supermercado Atakarejo, em Salvador, a Polícia Civil informou nesta quarta-feira (7) que suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Nordeste de Amaralina e seguranças do mercado foram indiciados por homicídio qualificado, omissão de socorro e ocultação de cadáver.

O inquérito, concluído pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi encaminhado para o Ministério Público (MP). Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão – sendo um deles na sede do mercado, onde foram recolhidos livros de ocorrências administrativas, computadores e aparelhos celulares.

Nesta manhã de quarta, a polícia deflagrou a terceira fase da Operação Retomada para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão de outros suspeitos de envolvimento com o crime. Esta terceira fase ocorre após a chegada de laudos do Departamento de Polícia Técnica (DPT). De acordo com a delegada Zaira Pimentel, presidente do inquérito, com os laudos, a polícia verificou novos integrantes, após análise do circuito de câmeras de segurança do supermercado.

Ainda segundo a delegada, a partir da abertura do inquérito nasceram novas investigações a são apurados crimes de tortura, falso testemunho e furto. “Esse inquérito não só versa sobre o homicídio de tio e sobrinho, mas também sobre outros crimes”, finalizou a delegada.

Bruno e Yan Barros foram brutalmente assassinados | FOTO: Montagem do JC |

Mortes
Os dois homens, identificados como Bruno Barros e Yan Barros, foram encontrados mortos no dia 26 de abril, na localidade da Polêmica, em Salvador. Conforme informações da Polícia Civil, eles foram torturados e atingidos por disparos de arma de fogo.

No dia 29 de abril, a mãe de Yan, Elaine Costa Silva, informou que ele foi morto após ter sido flagrado pelos seguranças do supermercado Atakarejo, furtando carne no estabelecimento.

De acordo com Elaine, o tio de Yan, Bruno, que também morreu, chegou a enviar áudios para uma amiga, informando o que tinha acontecido e pedindo ajuda para não ser entregue aos traficantes do Nordeste de Amaralina. No áudio, Bruno chegou a pedir para que a amiga chamasse a Polícia Militar, o que a jovem alega ter feito.

Os seguranças do estabelecimento envolvidos no caso só foram afastados pelo Atacadão Atakarejo 11 dias depois, no dia 6 de maio. As imagens gravadas por um celular flagraram um dos seguranças do Atakarejo agredindo Yan. Jornal da Chapada com informações do G1.

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