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#Chapada: Estudantes universitários lançam documentário sobre Lindembergue Cardoso, maestro de Livramento de Nossa Senhora

Os estudantes Raíssa Pessoa e Gabriel Chaves foram responsáveis por gravar e editar a documentário | FOTO: Montagem do JC |

Dois universitários de Livramento de Nossa Senhora, no sopé da Chapada Diamantina, apaixonados por música, lançaram, no final do último mês, o primeiro episódio da série documental ‘Um baiano em cada canto’. A obra tem como peça central o maestro conterrâneo, Lindembergue Cardoso. O ‘ep’ está disponível gratuitamente na plataforma do YouTube. Sendo parte da disciplina “Cultura e Subjetividade na Bahia e no Brasil”, o documentário foi executado sob orientação do Prof. Dr. Itamar Pereira (Curso de Cinema e Audiovisual / UESB).

Número 33 da Academia Brasileira de Música, Lindembergue Cardoso, compositor, professor e reagente, foi um dos grandes nomes a passar pela Escola de Música da UFBA (EMUS), onde se formou e lecionou. Autor de uma obra vasta e premiada, ele participou de diversos concursos e festivais, e, além de membro fundador do Grupo de Compositores da Bahia, em 1966, participou, em 1972, da fundação da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, onde atuou como secretário geral.

Com 101 minutos de duração, o documentário gravado e editado ao longo de 2020, produzido por Raíssa Pessoa e Gabriel Chaves, estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), traz os relatos de amigos, familiares e estudiosos da música, abordando a trajetória pessoal e profissional do maestro, que ultrapassaram os limites de Livramento de Nossa Senhora, sua cidade natal, e mesmo da Bahia.

Na ocasião, participam da entrevistas nomes como Paulo Costa Lima, João Omar, Elomar FIgueira, Cristian Cardoso, Ruybergue Cardoso, Inalba Fontenelle, e a víuva do maestro, a sra. Lúcia Maria Pellegrino, além de relatos ‘in memoriam’ resgatados de imagens de arquivo. “Como a base do documentário são as entrevistas, e não podíamos viajar para encontrar entrevistados ou realizar filmagens específicas, como o memorial da EMUS, tivemos que redobrar os esforços”, pontuou Raíssa.

Os estudantes tinham os planos para produzir novos episódios. “Nossa ideia é produzir diversos episódios, mas temos muitas ideias que funcionam muito melhor de forma presencial, por isso, preferimos esperar”, afirma a musicista, que fala que o objetivo da dupla é homenagear grandes nomes baianos que ainda estão vivos.

Para o professor José Maurício Brandão, diretor da Escola de Música da UFBA, “produções como este documentário são iniciativas que mantêm vivas a história e a cultura de nosso estado, evidenciando a amplitude do que se produz nesse espaço escolar”.

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