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#Bahia: Desembargadora delata 68 pessoas entre magistrados, servidores e políticos

Desembargadora Sandra Inês Rusciolelli | FOTO: Divulgação |

A delação da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), investigada na Operação Faroeste, com menções a 68 pessoas, entre magistrados, servidores e políticos, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. A delação foi homologada em junho deste ano pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A família da delatora passou a ser alvo de investida de membros do Judiciário baiano desde que uma suposta delação da desembargadora e do filho Vasco Rusciolelli passou a circular em grupos do Whatsapp. Além disso, o advogado de Sandra, Pedro Duarte, também foi alvo de processos movido por magistrados, em uma tentativa de assédio para o documento não ser homologado pelo STJ. Em setembro de 2020, mãe e filho foram colocados em prisão domiciliar por ameaças de morte.

Conforme a reportagem, a colaboração tem 39 anexos, e envolve 12 desembargadores, incluindo uma aposentada e 12 juízes. Sendo que, três dos desembargadores ainda não haviam sido citados anteriormente na investigação. Também são mencionados 15 advogados e 16 funcionários do TJ-BA, além de filhos e parentes de magistrados. A delação cita ainda um parlamentar, empresários e agentes públicos, como o ex-secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa.

Na maioria dos anexos, o filho da desembargadora está envolvido. Ele admitiu ter atuado na negociação de venda de sentenças. Pelo acordo, Sandra e Vasco deverão entregar milhões de reais à Justiça e poderão ser beneficiados com redução de pena. Na delação, há a explicação de que o esquema formado envolvia pagamento de propinas para obtenção de decisões judiciais favoráveis na disputa de mais de 300 mil hectares de terras no oeste baiano.

A mãe e o filho negociaram propinas de R$ 4 milhões, mas receberam R$ 2,4 mi efetivamente, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Todos eles foram denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. O processo está suspenso a pedido do MPF devido à realização da colaboração premiada. Eles ainda não se tornaram réus na Operação Faroeste.

A delação encontra-se em sigilo. Já firmaram delação premiada na Faroeste a desembargadora Sandra Inês, o advogado Júlio Cavalcanti, o produtor rural Nelson Vigolo e o advogado Vanderlei Chilante, além de mais uma operadora do Direito, que ajudou a prender um operador do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio.Jornal da Chapada com informações de Folha de S. Paulo e Bahia Notícias

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