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#Chapada: Grupo denuncia que comunidade de Bocaína obteve existência omitida por mineradora instalada em Piatã

As comunidades quilombolas de Piatã denunciam impactos socioambientais | FOTO: Divulgação |

O grupo ‘SOS Bocaína e Mocó’ denunciou, na última quinta-feira (23), que a comunidade quilombola de ‘Bocaína’ obteve a existência omitida pela empresa mineradora ‘Brazil Iron’, em documento enviado para o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), solicitando autorização ambiental para pesquisa mineral.

Nas redes sociais, o grupo comenta referência à uma “invasão gringa”, ao relembrar cena do filme Bacurau, no qual uma comunidade é retirada do mapa. Eles informaram que a informação foi obtida no dia 9 de setembro, em audiência pública organizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), para escutar as comunidades tradicionais da ‘Bocaína’ e ‘Mocó’.

“Além de não possuir licença ambiental para atuar na região, nas autorizações ambientais de pesquisa dadas pelo INEMA, órgão que não compareceu à audiência, a empresa não menciona o fato de as comunidades serem QUILOMBOLAS. Outra violação evidente, diz respeito à prefeitura municipal que permite Declaração de Conformidade ao empreendimento sem seguir protocolo de avaliação e aprovação pelo Conselho de Meio Ambiente”, relataram em nota.

Há tempos, as comunidades quilombolas de Piatã denunciam impactos socioambientais ocasionados pela empresa de mineração. “Os moradores da Bocaina e Mocó querem permanecer em seus territórios que, indissociável de seus corpos, são a memória viva e a base material que sustenta a identidade das comunidades”, salientam por meio de nota.

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