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#Bahia: Abastecimento de água em mais de 80 municípios está ameaçado em razão do baixo nível do Rio Paraguaçu

Bacia é responsável pelo abastecimento de 60% da população da RMS e, além disso, cerca de 2 milhões de baianos dependem das águas do Paraguaçu | FOTO: Márcio Alves Pimentel/Sema |

O baixo nível do Rio Paraguaçu, que nasce na Chapada Diamantina, tem ameaçado o abastecimento de água em 86 municípios baianos, em razão da falta de chuvas, uso desordenado da água e deficiência na gestão de recursos hídricos. Com isso, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) decidiu limitar em 50% o uso de água do rio.

Em determinadas regiões do estado, a preocupação é ainda maior. No caso, de Salvador, RMS e Feira de Santana, que são abastecidos pelo principal reservatório, a Pedra do Cavalo, essas cidades estão em níveis normais, sem estarem em situação crítica, visto que, conforme dados do Inema, o nível do reservatório é de 28,19%, considerado de alerta.

Em contrapartida, a situação é crítica e grave no interior da Bahia. A segunda barragem mais importante da Bacia, por exemplo, é a de São José, que tem 1,5% da sua capacidade. A barragem do Apertado, em Mucugê, na Chapada Diamantina, está com 39% da capacidade, em nível de alerta.

Rio Paraguaçu
O Rio Paraguaçu nasce mais especificamente no município de Barra da Estiva e deságua na Baía de Todos os Santos, em Salvador, ocupando 10% do território baiano, passando por 86 municípios e somando 150 rios. A bacia é responsável pelo abastecimento de 60% da população da RMS e, além disso, cerca de 2 milhões de baianos dependem das águas do Paraguaçu.

Portaria do Inema
A portaria implementada, no último dia 12, pelo Inema, determina que todos que têm autorização para captar água superficial e subterrânea do Rio Paraguaçu e seus afluentes só poderão captar a partir de agora 50% do volume que captava antes.

A medida está prevista por tempo indeterminado e tem exceção somente para uso destinado a consumo humano e animal. Apesar de ter sido adotado 50%, especialistas informam que nada descarta que, caso a situação se agrave, isso possa ser alterado de forma intensa.

Bacia do São Francisco
A situação do Rio São Francisco também não é confortável. Além disso, outras bacias podem ser afetadas, caso a crise perdure e assim, medidas semelhantes podem ser adotadas. Jornal da Chapada com informações de Correio 24 horas.

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