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#Chapada: Integrantes do MST ocupam a Fazenda Bela Vista no município de Andaraí

Mulheres lideraram a ocupação, quebrando os cadeados e rompendo as cercas da Fazenda Bela Vista | FOTO: Montagem do JC/MST |

Agricultores familiares organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da Chapada Diamantina ocuparam, na tarde da última segunda-feira (15), um latifúndio improdutivo no município de Andaraí. Mulheres sem-terra lideraram a ocupação, quebrando os cadeados e rompendo as cercas da Fazenda Bela Vista. Cerca de 40 famílias organizadas por meio da Brigada Maria da Glória se alojaram no local, montando seus barracos.

A terra improdutiva pertence a Renato Costa Silva, ex-prefeito do município de Andaraí. Agora, a terra ocupada está sendo reivindicada pelas famílias para fins de reforma agrária. Para Cristina Costa, da direção estadual do MST, depois de um longo período de quarentena produtiva, o MST entende a importância de retomar o processo de ocupações de latifúndios improdutivos.

“Tendo em vista a crise econômica, sanitária e política, desmonte de políticas públicas, fim do auxílio emergencial, fome e desgoverno, é ainda mais necessário discutir a produção de alimentos saudáveis, a correta distribuição da terra e a soberania alimentar”, afirma Cristina.

Abraão Brito, articulador político do MST, afirma que o movimento vê grande necessidade de ocupar as terras improdutivas. Segundo ele, desde “o golpe que afastaram a presidenta Dilma Rousseff”, o povo tem passado por muita dificuldade, e agora no governo Bolsonaro, o povo já está passando fome. Devido a isso, sem ter para onde ir, ocupam as terras improdutivas, que não estão cumprindo sua função social para produzirem alimentos saudáveis.

Essa já é a segunda ocupação de terra realizada em menos de 30 dias pelo MST na região chapadeira. A ocupação anterior ocorreu no mês passado, dia 23 de outubro, no município de Ruy Barbosa. Após seis dias de acampados, as famílias sofreram agressões e ameaças. Um grupo de homens encapuzados invadiram o acampamento, agrediram alguns acampados, ameaçaram voltar e tirar as famílias à força caso elas não saíssem da terra, mas as famílias não desistiram e afirmam que permanecerão no local até que haja a desapropriação. Jornal da Chapada com informações do MST.

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