Ícone do site Jornal da Chapada

#Salvador: Caso de racismo no Portinari revolta Suíca na véspera do Dia da Consciência Negra

O vereador Luiz Carlos Suíca | FOTO: Divulgação |

Véspera do Dia da Consciência Negra e mais um caso de racismo em colégio particular de Salvador é revelado e repudiado pelo vereador de Salvador Luiz Carlos Suíca (PT). O presidente da Comissão de Reparação da Câmara voltou a criticar a situação e deve propor uma audiência pública junto com a Associação de Escolas Particulares da capital para tratar da implementação da Lei 10.639, que obriga o ensino de história do negro e índio na educação de todos os níveis. Nesta sexta-feira (19), Suíca disse que o novo caso de racismo envolveu estudantes do colégio Portinari, relembrou que outras unidades de ensino como Sartre e Anchieta também tiveram episódios criminosos e aponta que o cumprimento da lei ajudará a evitar casos como esses.

“Os casos estão aumentando e isso é preocupante do ponto de vista criminal e educacional, talvez a lei não esteja sendo implementada como deveria. Vamos buscar o diálogo com as unidades de ensino com uma audiência pública com a associação das escolas particulares para tratar da implementação dessa norma. Com isso, podemos ajudar a diminuir esses tipos de crimes. Mas também vamos reforçar a importância de se ter um núcleo antirracista que auxilie a unidade de ensino a ter em sua programação matérias sobre a cultura e a história dos negros e índios em todos os níveis. Não podemos deixar que a educação seja vilipendiada e agredida por quem está em formação. Isso é que temos que ter atenção maior. O colégio é um local de formação e não para ampliar as desigualdades e preconceitos”, revela Suíca.

O edil petista também celebra a regulamentação do Estatuto de Igualdade Racial em Salvador, mas cobra mais atenção do poder público para casos de racismo e de intolerância religiosa. “Nem preciso lembrar que esse mecanismo é importante para suprir demandas do povo negro na capital. Foi para isso que lutamos na Câmara para que esse estatuto fosse aprovado, e dois anos depois está sendo regulamentado pela prefeitura. No entanto, não vamos deixar de atuar e lembrar que no Anchieta, no Sartre – que já tem reunião agendada entre a Comissão de Reparação e a diretoria da escola – e agora no Portinari, casos de racismo preocupam muito por essas unidades serem responsáveis pela formação de milhares de crianças e adolescentes”. As informações são de assessoria.

Sair da versão mobile
Pular para a barra de ferramentas