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#Eleições2022: Lula marca encontro com Dilma para falar sobre eleição, afirma jornalista

Lula e Dilma Rousseff | FOTO: Ricardo Stuckert |

Lula e Dilma Rousseff marcaram um encontro ainda em janeiro para falar de eleições 2022. A reunião, que deve acontecer em São Bernardo do Campo, onde o ex-presidente mora, teria sido agendada a pedido do próprio Lula, que não conversou pessoalmente com Dilma desde que voltou da Europa, em novembro – embora se falem sempre por telefone. A informação é de Malu Gaspar em seu blog no jornal O Globo nesta segunda-feira (3).

A reunião acontece após declaração do ex-prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, um dos vice-presidentes do PT, que disse que Dilma perdeu relevância eleitoral. A declaração provocou reações de lideranças partidárias, incluindo a presidenta nacional da sigla, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

“A opinião individual de Washington Quaquá não corresponde ao papel da presidenta Dilma na história, no presente e no futuro do PT. Ela enfrentou com dignidade e coragem o golpe do impeachment que levou o país a esta triste situação. Merece o respeito e a solidariedade de cada dirigente e militante do partido”, afirmou.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), que foi líder do governo na Câmara durante a presidência de Dilma, saiu em defesa da ex-presidenta nas redes sociais. “A presidenta Dilma é uma personalidade de grande envergadura política. Nos momentos mais difíceis de nossa história quando governou o país soube ter dignidade e honrou a história do PT. Ela tem importância política na campanha e hoje é uma das grandes referências de nosso partido”, tuitou.

A Secretaria Nacional de Mulheres do PT emitiu uma nota dizendo que o argumento é usado para “obstaculizar a participação de mulheres na política”.

“A Secretaria Nacional de Mulheres do PT reforça o papel e a relevância da presidenta Dilma Rousseff dentro e fora do partido. O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras se orgulha de ter eleito a primeira presidenta na história do país que foi vítima de um golpe misógino, machista e anti-democrático”, diz o texto.

Revista Fórum ouviu Quaquá
A Fórum questionou Quaquá pela declaração. “Eu disse no contexto da conversa com o jornalista, que perguntou se Dilma teria uma papel na campanha do Lula. Eu disse que não vejo motivo, porque ela não tem relevância eleitoral“, explicou. “De resto, fica por conta de quem quer fazer polêmica”, completou.

Quaquá disse ainda que não “puxou o saco” de Dilma “nem quando ela era presidente”. Ao ser questionado sobre a possibilidade da ex-presidenta concorrer a algum cargo em 2022, o dirigente disse que a decisão é dela. “Ser ou não candidato tem uma dimensão de vontade, além de base eleitoral”, explicou. Quaquá, que deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados no próximo pleito. Com informações da Revista Fórum.

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