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#Mundo: Cannabis pode impedir que humanos tenham covid-19, aponta estudo

O próximo passo da equipe é conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento| FOTO: Pablo Porciuncula/AFP |

Um estudo publicado na quarta-feira (12), no periódico dientífico ‘Journal of Natural Products’, mostra que cannabis pode impedir que humanos tenham a covid-19. Os pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, encontraram um par de ácidos canabinóides capaz de se ligar à proteína spike e impedir que o coronavírus infecte células humanas.

De acordo com os especialistas, a proteína é a principal porta de entrada do vírus nas células e uma das maiores ameaças em variantes recentes, como a Ômicron. Com isso, o medicamento que conseguisse se ligar a ela seria de extrema ajuda para o sistema imune do hospedeiro e ajudaria impedir que ele desenvolva a covid-19. O próximo passo da equipe é conseguir financiamento para novos estudos e desenvolvimento do medicamento.

Esses compostos, que podem ser tomados por via oral e têm longa história de uso seguro em humanos, apresentam poucos riscos e são facilmente encontrados na planta conhecida como cânhamo e em muitos de seus extratos. Compostos do cânhamo já estão presentes em produtos industriais cosméticos, além do uso na produção de ração animal e de alimentos.

“Não são substâncias controladas como o THC, o ingrediente psicoativo da maconha, e têm um bom perfil de segurança em humanos. E nossa pesquisa mostrou que os compostos de cânhamo foram igualmente eficazes contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo a variante B.1.1.7, que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido, e a variante B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul”, explicou Richard van Breemen, pesquisador do Centro Global de Inovação em Cânhamo do Estado de Oregon, Faculdade de Farmácia e Instituto Linus Pauling.

“Eles têm o potencial de prevenir e tratar a infecção por SARS-CoV-2. CBDA e CBGA são produzidos pela planta de cânhamo como precursores de CBD e CBG, que são familiares a muitos consumidores. No entanto, eles são diferentes dos ácidos e não estão contidos nos produtos de cânhamo”, explicou sobre os compostos. Jornal da Chapada com informações de Correio Braziliense.

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