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#Polêmica: Apesar de partido de Bolsonaro errar CNPJ e não intimar evento, artistas criticam ataque à democracia e censura no Lollapalooza

Artistas pediram 'fora, Bolsonaro' durante evento e, alguns apoiaram Lula | FOTO: Montagem do JC |

Apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir manifestações e atos políticos por artistas durante o festival de música Lollapalooza, que ocorreu em São Paulo, o evento não chegou a ser intimado, visto que o Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, ter errado CNJP e e-mail da empresa.

O pedido de proibição do partido ocorreu após Pabllo Vittar ter desfilado com uma toalha com o rosto do ex-presidente Lula (PT). Na ocasião, o TSE chegou a proibir novas manifestações sob risco de multa de R$ 50 mil, contudo, a tentativa foi falha e diversos outros artistas chegaram a posicionar o seu descontentamento com o atual governo.

Mas os artistas e políticos chegaram a utilizar as redes sociais para criticar a posição do tribunal a favor do partido do presidente. Uma dessas artistas foi a cantora Anitta, que questionou a validade da medida e reforçou a censura como pilar para a decisão. “Essa lei vale fora do país? Pq meus festivais são só internacionais”, indagou.

O youtuber e influenciador digital, Felipe Neto, se colocou à disposição dos artistas que vão se apresentar no festival, para ajudá-los na defesa. “Nosso movimento Cala Boca Já Morreu se dispõe a ajudá-los com a defesa. Se alguém for condenado e precisar, eu ajudo a pagar essa multa ilegal. Enfrentem!”, incentivou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi um dos políticos que questionou a ofensa à democracia. “Caríssimo Ministro Raul Araújo do TSE, por acaso o fato abaixo não caracterizaria campanha antecipada e ofensa à democracia? Ou o martelo do julgamento só pesa contra as manifestações do Lollapalooza?”.

Além de Pabllo Vittar, que desfilou com uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o grito da cantora Marina, que mandou o atual presidente ir ‘se f*der’, diversos outros artistas como Djonga, o rapper Emicida, a banda Detonautas e outros, demonstraram descontentamento com o atual governo.

Erro de intimação
Os advogados do partido preencheram como representados as empresas Lollapalooza Brasil Servicos de Internet LTDA e Latin Investment Solutions Participacoes Ltda, administradora da primeira. No entanto, ambas são empresas já encerradas, com e-mails e endereços antigos.

Com o erro e com o fim do evento neste domingo (27), a decisão não terá efeito prático, já que decisões começam a valer após a citação das partes. Jornal da Chapada com informações de Congresso em Foco do Uol e Terra.

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